Peregrinação por locais distantes do poder-político levava boa nova aos excluídos, evitando perseguições oficiais e periclitando a vida-marginalizada de origem camponesa.
O nascimento e a vida de Jesus são narrados em diversas obras da literatura cristã, incluindo o Evangelho de João e o Evangelho de Lucas. O relato dessas histórias, no entanto, pode ser apresentado de maneiras diferentes, permitindo que a mensagem seja transmitida de acordo com o contexto e o público-alvo. A figura de Jesus periférico, marginalizada e desafiadora, desafia as noções religiosas e o poder político tradicionais.
Essa abordagem de Jesus como um pregador de origem camponesa, que desafia o poder político romano e as noções religiosas tradicionais, é interessante para a reflexão e o debate. Frei David Santos, fundador da Educafro, é um exemplo de figura que desafiou as estruturas sociais e políticas tradicionais. Com a sua rede de cursinhos, ele colocou mais de 100 mil jovens negros e pobres no ensino superior, contribuindo significativamente para a inclusão social.
Noções religiosas e origem camponesa
Jesus é uma cria da periferia, uma figura itinerante que anda por lugares longe do poder político. André Leonardo Chevitarese, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), lembra que a única vez que Jesus entrou em uma cidade foi Jerusalém, e foi para morrer. ‘Ele é periférico, tem um dado interessante: sempre que ele vai na sinagoga, dá problema. Ele é expulso, mal interpretado. A única vez que ele vai no palácio, é amarrado, para ser julgado pelo governador Pilatos’, diz o padre Júlio Lancellotti.
Jesus-periférico e vida marginalizada
Jesus foi um profeta que conviveu com a vida marginalizada. ‘Ele não estava no luxo, em situação superior ao do seu próprio povo, mas convivendo com ele’, diz o sheik Rodrigo Jalloul, da mesquita da Penha, em São Paulo. ‘Os profetas nunca estiveram no luxo, convivendo com o povo, mas sim entre o povo’, afirma o padre Júlio Lancellotti. Jesus foi uma figura que sempre esteve do lado dos oprimidos, como os camponeses que viviam em aldeias e vilas, longe do poder político. ‘O melhor retrato de Jesus que nós pesquisadores temos feito é de um sujeito de origem camponesa’, diz André Chevitarese.
Poder político e noções religiosas
Os religiosos e sacerdotes da época de Jesus estavam mais preocupados com o status político e econômico do que com o trato do povo. ‘Semelhante à época de Jesus, muitos religiosos e sacerdotes estão mais preocupados com o status político e econômico do que, efetivamente, no trato do povo’, diz Frei David dos Santos, franciscano, fundador da rede de cursinhos Educafro. Jesus foi uma figura que sempre desafiou o poder político e as noções religiosas da época. Ele entrou no templo e com uma vara enxotou aqueles que tentavam fazer vendas, e precisou agir com assertividade para impedir a exploração violenta dos camponeses. ‘É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus’, diz Mateus, 19:23.
Origem camponesa e poder político
A cidade de Séforis, a seis quilômetros de Nazaré, foi invadida por camponeses liderados por Judas, o Galileu, que queimaram as dívidas com os donos de terra. É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no Reino de Deus, diz Mateus, 19:23. Jesus foi uma figura que sempre esteve do lado dos oprimidos, como os camponeses que viviam em aldeias e vilas, longe do poder político. ‘O melhor retrato de Jesus que nós pesquisadores temos feito é de um sujeito de origem camponesa’, diz André Chevitarese. Os religiosos e sacerdotes da época de Jesus estavam mais preocupados com o status político e econômico do que com o trato do povo. ‘Semelhante à época de Jesus, muitos religiosos e sacerdotes estão mais preocupados com o status político e econômico do que, efetivamente, no trato do povo’, diz Frei David dos Santos, franciscano, fundador da rede de cursinhos Educafro.
Fonte: @ Terra
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