Ambos perderam filhos em tragédias com grande repercussão jurídica, casos criminais de violência física que chocaram a Câmara e o regime aberto.
Em um cenário político marcado por mudanças, Ana Carolina Oliveira e Leniel Borel se destacam como figuras emblemáticas em suas respectivas cidades. Eleitos vereadores nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, eles compartilham uma trágica experiência em comum: a perda de seus filhos em casos criminais que chocaram a opinião pública.
Esses políticos, que agora ocupam cargos importantes em suas cidades, sabem que a dor da perda de um ente querido é uma ferida que nunca cicatriza completamente. No entanto, eles escolheram canalizar essa dor em uma força motriz para fazer a diferença em suas comunidades. Como candidatos que conquistaram a confiança de seus eleitores, eles agora têm a oportunidade de trabalhar em prol de mudanças significativas e garantir que justiça seja feita para as famílias que, como a deles, foram afetadas por crimes hediondos. A luta por justiça é um compromisso que eles assumem com seriedade e determinação.
Eleições Municipais: Vereadores Eleitos
Ana Carolina Oliveira, mãe da menina Isabella Nardoni, conquistou a segunda colocação entre os vereadores eleitos em São Paulo, tornando-se a mulher mais votada, com 129.563 votos. Sua trajetória política começou após a morte trágica de sua filha, em 2008, que foi jogada da janela do sexto andar de um prédio na capital paulista. O pai da criança, Alexandre Nardoni, e a madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram condenados pelo crime e atualmente cumprem pena no regime aberto.
Outro vereador eleito é Leniel Borel, pai do menino Henry Borel, que conquistou mais de 34,3 mil votos no Rio de Janeiro. Seu filho foi morto em 2020, aos quatro anos de idade, num caso que segue até hoje sem desfecho. Com a vitória, Leniel passará a ocupar uma cadeira na mesma Câmara de Vereadores em que já trabalhou o Dr. Jairinho, réu pela morte de Henry. Jairinho era padrasto da criança e, para policiais e promotores, teria cometido o crime junto com a namorada, Monique, mãe de Henry.
Casos Criminais que Chocaram o País
O caso de Isabella Nardoni é um dos mais conhecidos e trágicos do Brasil. Isabella, de apenas 5 anos de idade, foi morta em 2008. Seu pai, Alexandre Nardoni, e sua madrasta, Anna Carolina Jatobá, foram acusados pelo crime. A menina foi encontrada gravemente ferida no jardim do prédio onde morava o casal, em São Paulo, após ter sido jogada da janela do sexto andar do apartamento. As investigações revelaram que, antes de ser jogada, Isabella sofreu violência física dentro do apartamento.
Vestígios de sangue da menina foram encontrados no carro da família e no apartamento, inclusive nas roupas dos acusados. Além disso, marcas de mãos pequenas e sinais de estrangulamento foram identificados no pescoço de Isabella. Em 2010, Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá foram julgados e condenados pela morte de Isabella. Alexandre recebeu uma pena de 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão, e Anna Carolina, 26 anos e 8 meses de prisão. Ambos foram condenados por homicídio triplamente qualificado.
Consequências e Repercussão
O caso de Isabella Nardoni gerou grande comoção e debate público no Brasil sobre violência doméstica e infantil. Em maio deste ano, após 16 anos preso, Alexandre Nardoni foi autorizado a progredir para o regime aberto. A decisão foi proferida pelo juiz de Direito José Loureiro Sobrinho, que considerou o tempo de pena já cumprido e o bom comportamento do réu. Durante seu tempo na prisão, Nardoni teve 990 dias de pena remidos devido a trabalhos e estudos.
O caso de Henry Borel, um menino de 4 anos que morreu em março de 2021, tornou-se um dos mais discutidos e trágicos eventos criminais. A candidatura de Leniel Borel, pai de Henry, conquistou mais de 34,3 mil votos, e ele foi o candidato mais votado de seu partido na disputa. Com a vitória, Leniel passará a ocupar uma cadeira na mesma Câmara de Vereadores em que já trabalhou o Dr. Jairinho, réu pela morte de Henry. Jairinho era padrasto da criança e, para policiais e promotores, teria cometido o crime junto com a namorada, Monique, mãe de Henry.
Fonte: © Migalhas
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