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Ação coletiva acusa empresa de discriminação ao dispensar engenheiros de software norte-americanos por beneficiários de vistos com salários mais baixos.
Uma corte de apelações dos Estados Unidos retomou nesta quinta-feira (27) um processo coletivo proposto por um engenheiro de software alegando que a Meta se recusou a contratá-lo porque preferia dar empregos a trabalhadores estrangeiros que recebem salários mais baixos. O 9º Tribunal de Apelações do Circuito dos EUA, com sede em São Francisco, em uma decisão de 2 a 1, afirmou que uma lei da época da Guerra Civil que proíbe a discriminação em contratos com base na ‘alienagem’ se estende ao preconceito contra cidadãos norte-americanos. Essa decisão marca um novo capítulo na batalha legal em torno dessa Meta.
O voto reverte a decisão de um juiz federal da Califórnia de rejeitar um processo movido por Purushothaman Rajaram, um cidadão norte-americano naturalizado, que afirma que a Meta dispensa trabalhadores norte-americanos em favor de beneficiários de vistos mais baratos. Rajaram busca representar uma classe que inclui milhares de trabalhadores. Essa ação judicial coloca em evidência a responsabilidade social das grandes empresas e a importância de garantir a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho.
Meta enfrenta acusação de discriminação em contratos de trabalho nos Estados Unidos
A companhia Meta, detentora do Facebook, Instagram e WhatsApp, está no centro de uma polêmica envolvendo alegações de discriminação em contratos de trabalho nos Estados Unidos. A empresa, juntamente com os advogados de Rajaram, está sendo questionada sobre a suposta prática de salários mais baixos e discriminação em contratos.
Segundo documentos apresentados ao tribunal, a Meta nega qualquer irregularidade e contesta as alegações feitas por Rajaram. A empresa afirma que não houve intenção de discriminar trabalhadores norte-americanos e que as acusações carecem de fundamentos sólidos.
O 9º Circuito, que nunca havia tratado dessa questão anteriormente, está agora analisando se a legislação federal dos Estados Unidos oferece proteções adequadas para cidadãos norte-americanos contra discriminação na contratação. Essa divisão no tribunal aumenta a possibilidade de que a Suprema Corte dos EUA seja chamada a intervir no caso, caso a Meta decida recorrer da decisão.
Essa controvérsia levanta questões importantes sobre a igualdade de oportunidades no mercado de trabalho e a proteção dos direitos dos trabalhadores. A Meta, uma das maiores corporações do setor de tecnologia, enfrenta agora um desafio legal significativo que pode ter repercussões em todo o país.
A discussão sobre discriminação em contratos de trabalho nos Estados Unidos ganha destaque em meio a um cenário de crescente preocupação com a equidade e a justiça no ambiente corporativo. É fundamental que questões como essa sejam tratadas com seriedade e que medidas adequadas sejam tomadas para garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores.
Acompanharemos de perto o desenrolar desse caso e as possíveis repercussões que ele poderá ter não apenas para a Meta, mas também para o cenário mais amplo das relações de trabalho nos Estados Unidos. A transparência e a justiça devem prevalecer em todas as instâncias, garantindo um ambiente de trabalho justo e igualitário para todos os beneficiários de vistos.
Fonte: © CNN Brasil
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