Infância hiperconectada sofre com dependência coletiva das telas deles.
A Geração Z está crescendo em um mundo onde as telas são uma parte integral da vida diária. É comum ver jovens e crianças passando horas em frente a telas, seja para jogar, assistir vídeos ou se comunicar com amigos. A Geração Z precisa de ajuda para lidar com essa dependência, e os pais desempenham um papel fundamental nesse processo. É uma questão de saúde e bem-estar, e é importante abordar esse tema de forma coletiva.
Os jovens adultos da Geração Z estão enfrentando desafios únicos em relação ao uso excessivo de telas. É um problema sério que afeta não apenas a saúde física, mas também a mental. A dependência das telas pode levar a problemas de sono, ansiedade e depressão, além de afetar a capacidade de se concentrar e aprender. É fundamental que os pais e educadores trabalhem juntos para ajudar os jovens e adolescentes a desenvolver hábitos saudáveis em relação ao uso de telas, e que a Geração Z seja capaz de lidar com as consequências negativas do uso excessivo de tecnologia. É um desafio que requer ações coletivas e uma abordagem holística. A educação é fundamental para ajudar a Geração Z a navegar nesse mundo digital de forma segura e saudável.
Entendendo a Geração Z
Desde que conversei com Jonathan Haidt, autor do livro ‘A Geração Ansiosa: Como a Infância Hiperconectada Está Causando uma Epidemia de Transtornos Mentais’ (Ed. Cia. das Letras, 2024), não consigo tirar da cabeça uma frase que ele me disse durante a entrevista. ‘Não conheço um membro da Geração Z que esteja em negação, que diga ‘Não, nós adoramos os celulares, os celulares são bons para nós”, contou Haidt. ‘Todos eles veem o que está acontecendo, mas se sentem aprisionados.’ Isso me fez refletir sobre a dependência coletiva que a Geração Z, compostas por jovens, adolescentes, crianças e jovens adultos, tem em relação às telas deles. Será que alguma coisa realmente mudou no último ano, desde a publicação do livro de Haidt? Todo o alvoroço que surgiu sobre os telefones celulares terá sido apenas um momento passageiro de ansiedade parental coletiva ou aquilo realmente trouxe o tipo de ação que muitos pais esperavam?
A Epidemia de Transtornos
Assim que foi publicado, ‘A Geração Ansiosa’ despertou uma avaliação global do uso do telefone celular entre as crianças. Conversei com o autor para saber se ele ainda é da opinião de que o excesso de tempo em frente às telas está colocando a infância em risco. A Geração Z, que inclui jovens, adolescentes, crianças e jovens adultos, está cada vez mais exposta a uma infância hiperconectada, o que pode levar a uma epidemia de transtornos mentais. Katty Kay (BBC) perguntou a Haidt sobre o progresso em relação às ações coletivas para reduzir o uso de celulares nas escolas e promover mais tempo livre para as crianças se divertirem. Haidt respondeu que o livro foi popular, mas não se preparou para a questão se espalhar como fogo na mata por todo o mundo. Em todo o planeta, a vida familiar se transformou em uma luta sobre o tempo em frente às telas, afetando a Geração Z, incluindo jovens, adolescentes, crianças e jovens adultos.
Escolas Livres de Celulares
O que decolou mais rapidamente foram as escolas livres de celulares, porque é algo que pode ser feito com muita facilidade. É difícil ensinar em uma sala de aula quando metade dos alunos estão assistindo a vídeos curtos e jogando videogames. Por isso, os professores odiaram os celulares desde o princípio, mas ficaram com medo, especialmente nos Estados Unidos. Talvez seja o mesmo no Reino Unido, mas, nos Estados Unidos, existem muitos pais que querem poder se comunicar todo o tempo com seu filho. Eles acham que têm o direito de verificar como seus filhos estão. ‘E se algo der errado? Preciso estar presente.’ Daí, vem o excesso de cuidado, que pode levar a uma dependência coletiva da Geração Z, incluindo jovens, adolescentes, crianças e jovens adultos, em relação às telas deles. Kay observou que existe um paradoxo, porque os pais são superpreocupados com os celulares, mas não querem que seus filhos abandonem seus celulares quando vão para a escola. Haidt respondeu que as pessoas são complicadas e existem multidões dentro delas. Ele não deveria dizer que todos observaram o problema porque existem muitos pais que acreditam que o celular é uma corda de segurança. Eles veem o mundo como um lugar perigoso e querem proteger seus filhos, incluindo os jovens, adolescentes, crianças e jovens adultos da Geração Z.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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