Debêntures atingiram R$ 103 bilhões, com 45% em incentivadas de Renda Fixa.
O volume de captações das empresas brasileiras alcançou um patamar recorde no primeiro trimestre deste ano, de acordo com informações divulgadas pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima). Esse volume impressionante foi alcançado graças à combinação de diferentes instrumentos financeiros, demonstrando a força e a resiliência do mercado. O volume total captado foi de R$ 152,3 bilhões, um valor que supera as expectativas e reflete a confiança dos investidores no mercado brasileiro.
A análise do volume captado revela que a maior parte desse montante, R$ 142,6 bilhões, foi obtida por meio de instrumentos de renda fixa, como debêntures e certificados de recebíveis imobiliários (CRIs) e do agronegócio (CRAs). Além disso, houve uma quantidade significativa de recursos captados via híbridos, totalizando R$ 8,5 bilhões, incluindo fundos imobiliários (FIIs) e Fiagros, e renda variável, com R$ 1,2 bilhão em ofertas subsequentes no mercado de ações. O valor total é um indicador importante e a quantidade de investimentos é um fator chave para entender o desempenho do mercado. O volume de transações também é um aspecto fundamental, pois influencia diretamente o montante de recursos disponíveis para as empresas. A gestão eficaz do volume de captações é essencial para o sucesso das empresas brasileiras no mercado financeiro.
Volume de Debêntures
O Volume de debêntures alcançou um patamar inédito no primeiro trimestre, atingindo R$ 103 bilhões, com as debêntures incentivadas, que oferecem isenção de Imposto de Renda a pessoas físicas e são destinadas a financiar projetos de infraestrutura, representando 45% do total. Isso reflete um aumento significativo na Quantidade de emissões, com um Montante total que superou as expectativas. O Valor das operações indexadas ao IPCA também foi notável, representando 36,9% do Volume, enquanto o prazo médio das subiu a 10,2 anos, em comparação com a média de 6,96 anos do mesmo período do ano passado.
No contexto dos Mercados Financeiro, as Entidades dos Mercados desempenharam um papel fundamental na estruturação dessas operações. A Renda Fixa, em particular, foi um dos principais destinos para os investidores, com os Certificados de Recebíveis e os Fundos Imobiliários também apresentando um desempenho sólido. O Volume de emissões foi mais uniforme no primeiro trimestre deste ano, com R$ 44,3 bilhões em janeiro, R$ 45,9 bilhões em fevereiro e R$ 62,1 bilhões em março, refletindo uma Quantidade mais estável de operações.
Volume de Emissões
Em comparação com o ano passado, o Volume de emissões foi significativamente maior, com um Montante total que superou as expectativas. O Valor das operações também foi notável, com as debêntures incentivadas representando uma grande parte do Volume. A Quantidade de emissões foi mais uniforme no primeiro trimestre deste ano, com um Volume médio por operação que subiu e chegou a R$ 211,9 milhões, frente à média de R$ 818,1 milhões das debêntures. Isso reflete um aumento significativo na liquidez desses papéis no mercado secundário, o que contribuiu para o crescimento do Volume de emissões.
César Mindof, diretor da Anbima, destacou que o Volume contabilizado mês a mês nas emissões foi mais uniforme no primeiro trimestre deste ano do que no mesmo período de 2024. Ele também ressaltou que as debêntures se consolidaram como instrumento importante e as notas comerciais ganharam relevância, com um total R$ 6,78 bilhões emitidos e crescimento de 24% entre janeiro e março. O Volume de emissões foi influenciado pelas medidas de restrição a emissões de CRIs, CRAs, LCIs e LCAs adotadas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que preservou operações que já estivessem em andamento, levando as empresas a acelerarem as captações e elevarem o Volume mensal.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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