Cleber de Oliveira Santos, foragido desde segunda (14), foi capturado após erro humano em exames de laboratório que indicavam falsos resultados de vírus HIV no PSC.
No Rio de Janeiro, um caso grave envolvendo um laboratório de análises clínicas está sendo investigado. O técnico de laboratório Cleber de Oliveira Santos foi preso após ser acusado de ter emitido um laudo com falso negativo para HIV, o que levou a consequências graves para seis pacientes que receberam transplantes de órgãos infectados com o vírus.
A prisão de Cleber de Oliveira Santos ocorreu após ele estar foragido desde segunda-feira (14). A investigação revelou que o erro nos exames do laboratório PSC Lab Saleme foi responsável por colocar em risco a vida de pacientes que receberam transplantes de órgãos infectados. A segurança dos pacientes é fundamental em qualquer clínica ou laboratório. Além disso, a precisão dos resultados de análises é essencial para garantir a saúde e o bem-estar dos pacientes. O caso está sendo investigado e medidas estão sendo tomadas para evitar que erros semelhantes ocorram no futuro.
Investigação no Laboratório
A polícia havia capturado todos os suspeitos, exceto Cleber, que era o último foragido. Além dele, também estavam presos os técnicos de laboratório Ivanilson Fernandes dos Santos e Jacqueline Iris Bacellar de Assis, e o ginecologista Walter Vieira, um dos sócios do laboratório. A defesa do técnico de laboratório afirma que ele não realizou exames com falsos negativos e não tinha vínculo empregatício com a clínica de análises.
No entanto, o laboratório alega que um erro humano teria levado à infecção com o vírus HIV em pacientes. Em depoimento à polícia, Vieira detalhou as supostas falhas. Segundo ele, o erro foi causado pelo biólogo Cleber Santos no momento de preparar o exame. Antes de manusear o equipamento que faria o teste para detectar a doença, ele não teria ‘zerado’ a máquina, o que causou o falso negativo.
O PCS Lab Saleme afirma que o profissional tinha formação e capacidade para assinar e liberar o documento com os resultados, mas a assinatura final é de Vieira. A defesa alegou que os documentos foram assinados porque há vários testes a serem feitos antes de os órgãos serem doados e que o ginecologista assinou somente o exame final.
Erros no Laboratório
No segundo laudo, o erro foi atribuído ao responsável técnico pelos laudos, Ivanilson dos Santos. Ele teria se enganado e escrito ‘negativo’ no lugar de ‘positivo’. Por não ter formação de nível superior, porém, não poderia assinar e liberar o resultado. A função de checar e assinar o exame feito por Ivanilson era de Jacqueline de Assis, que não teria realizado uma checagem e liberado o laudo com o falso negativo.
A profissional, de acordo com o PCS Saleme, apresentou um diploma falso de biomédica no momento da contratação. A profissional nega conhecimento sobre o documento. ‘O laboratório não sabia que o diploma dela não era verdadeiro, só descobrimos depois da descoberta desses casos’, disse Afonso Destri, advogado de Walter Vieira. ‘Se foi cometido algum erro, o erro foi não ter checado a autenticidade do documento apresentado pela Jacqueline.’
Em nota, a defesa da funcionária diz que Jacqueline ‘jamais cursou faculdade ou atuou como Biomédica durante sua carreira e, principalmente, junto ao laboratório investigado’.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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