Mulheres buscam estabilidade financeira e carreira profissional, enfrentando desigualdades de gênero.
Às vésperas do Dia Internacional da Mulher, celebrado em 8 de março, uma pesquisa realizada pelo Movimento Sonhe Como Uma Garota e o Instituto Think Olga mapeou a relação das mulheres brasileiras com seus sonhos e os impactos das desigualdades de gênero para a realização de suas metas pessoais e profissionais. Essa pesquisa é fundamental para entender como as mulheres podem superar os obstáculos e alcançar seus objetivos, tornando-se mulheres independentes e realizadas.
A pesquisa também destacou a importância do empoderamento feminino para que as mulheres possam alcançar seus sonhos e metas. É fundamental que as mulheres brasileiras sejam apoiadas e incentivadas a perseguir seus objetivos, sem medo de enfrentar desafios e obstáculos. Além disso, é essencial que as mulheres sejam tratadas com respeito e igualdade, recebendo salários justos e tendo acesso a oportunidades iguais. As mulheres brasileiras, como mulher, devem ser valorizadas e respeitadas, e é importante que elas sejam independentes e realizadas. A igualdade de gênero é um direito fundamental e é essencial para que as mulheres possam viver com dignidade e respeito.
Introdução ao Estudo sobre as Mulheres
De acordo com um levantamento recente, que contou com a participação de 1.080 mulheres com mais de 18 anos, um número significativo delas, cerca de 75%, já desistiram de algum sonho ao longo de suas vidas. Dentre essas mulheres, 70% abandonaram seus sonhos devido à falta de recursos financeiros, o que destaca a importância da estabilidade financeira para as mulheres. Ao refletir sobre suas memórias de infância, as mulheres de todas as faixas etárias compartilharam que seu maior sonho era viajar pelo mundo, um desejo que permanece atual entre 67% das jovens de 18 a 29 anos e 59% nos grupos de 30 a 49 anos e mais de 50 anos. Além disso, ter estabilidade financeira e construir uma carreira profissional sólida são objetivos que se destacam na relação das mulheres com seus sonhos.
Análise dos Resultados e Desigualdades de Gênero
A margem de erro do estudo é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos, com um índice de confiança de 95%. Maíra Liguori, diretora do Think Olga, explicou que ‘todas as mulheres, independentemente da idade, raça, classe social ou região do Brasil, têm como sonho viajar, algo que vem da sede de conhecimento, de entrar em contato com pessoas diferentes e outras culturas’. No entanto, esse sonho também reflete a busca por liberdade diante do contexto de restrição imposto às mulheres, que desempenham um papel fundamental no cuidado dos pais, filhos e da família como um todo. As mulheres brasileiras, em particular, enfrentam desafios significativos, incluindo a sobrecarga de cuidado, que impede a compatibilização do trabalho remunerado com o não remunerado, e a violência, com o Brasil tendo a quinta maior taxa de feminicídio do mundo.
Impacto da Sobrecarga e da Violência nas Mulheres
Além disso, as mulheres sofrem com a desigualdade salarial, com as mulheres ganhando 20,7% menos do que os homens em 50.692 empresas com 100 ou mais empregados, de acordo com o último Relatório de Transparência Salarial e Critérios Remuneratórios. A falta de dinheiro é uma das causas de problemas psíquicos das mulheres e isso tira os sonhos delas, como destaca Maíra Liguori. A carência de suporte também é um fator significativo, com 25% das mais jovens deixando um sonho de lado por falta de apoio da família, e 19% de todas as entrevistadas relatando o mesmo. O machismo é um fator que tolhe os desejos das mulheres e afeta a realização de metas, com 46% das entrevistadas citando essa forma de discriminação como um obstáculo para alcançar seus sonhos. As mulheres, em sua busca por estabilidade financeira e carreira profissional, enfrentam desafios significativos, incluindo a segregação por gênero, que limita suas oportunidades e sonhos.
Fonte: @ Veja Abril
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