ouça este conteúdo
Espanha venceu Eurocopa com seleção de clube, marcação forte e passes precisos. Melhor volante do planeta em encaixes individuais.
No intervalo da final da Copa América, a informação sobre a contusão de Lucas Paquetá parecia representar a maior preocupação para a seleção brasileira, que já demonstrava superioridade diante da Argentina. Logo no início do segundo tempo, os brasileiros mostravam uma alteração estratégica que ultrapassava a simples entrada de Everton Ribeiro, um dos quatro atletas do Flamengo no elenco nacional, no lugar do craque do time.
Enquanto a seleção brasileira buscava manter o controle do jogo, a torcida presente no estádio apoiava cada movimento do time com entusiasmo. A presença de jogadores talentosos como Richarlison, autor do primeiro gol, e Vinicius Junior, que brilhava com dribles desconcertantes, garantia um espetáculo à parte para os espectadores presentes.
Seleção Espanhola: Um Funcionamento Similar ao de um Clube
Seja para ajudar Zubimendi ou driblar a marcação por encaixes individuais da Inglaterra, Fabian Ruiz começou a se posicionar alguns metros atrás, formando uma dupla de volantes. A transição da Espanha de um 4-3-3 para um 4-2-3-1 causou problemas na marcação inglesa e resultou no primeiro gol, marcado por Nico Williams. A seleção espanhola mostrou uma capacidade única de adaptação, lembrando o funcionamento de um clube.
Durante muito tempo, questionamos por que Messi não rendia na seleção argentina como no Barcelona. Recentemente, debates surgiram sobre a dificuldade da seleção inglesa em alcançar seu potencial máximo. O mesmo dilema se estendeu à França, repleta de talentos individuais, e até mesmo à Argentina, que só brilhou na Copa América na reta final. Os melhores jogadores do mundo atuam nos clubes mais ricos, onde treinam diariamente em busca da perfeição.
As seleções lidam com suas limitações naturais e a falta de entrosamento, algo que os clubes não enfrentam. Transformar uma seleção em algo maior do que a soma de suas partes é um desafio. A Espanha se destaca nesse aspecto, mostrando um futebol fluido e entrosado, semelhante ao jogo de clubes.
Destaque para as parcerias em campo, que criam encaixes perfeitos, característicos de equipes bem equilibradas. Os pontas espanhóis foram muito elogiados, especialmente Nico Williams e Lamine Yamal, este último com potencial para se tornar um jogador de elite. A qualidade do meio-campo espanhol foi fundamental, com Rodri como o melhor volante do planeta, Fabián Ruiz como um camisa 8 dinâmico e Dani Olmo se destacando entre as linhas adversárias.
Nico Williams, atuando pela esquerda, mostrou versatilidade ao explorar diferentes áreas do campo. A parceria com o lateral Cucurella foi eficiente, com corridas precisas pelo corredor intermediário. A seleção espanhola demonstrou um entrosamento digno de um time de clubes, superando as expectativas e mostrando um futebol de alto nível.
Fonte: © GE – Globo Esportes
Comentários sobre este artigo