Consenso atual é de Selic em 12% em janeiro de 2025, considerando taxa, Banco Central, Produto Interno Bruto e mercado de trabalho.
O Banco Central deve elevar a taxa Selic na próxima reunião do Copom, segundo as expectativas do Santander. Essa instituição financeira prevê que as elevações de juros continuarão no ritmo de 0,25 ponto percentual nas próximas quatro reuniões, o que resultaria em uma taxa básica de 11,5% em janeiro. A expectativa é de que a taxa Selic atinja esse patamar em janeiro.
Com essa previsão, o Santander se alinha às expectativas de outros bancos e instituições financeiras que também esperam uma elevação da taxa de juros. A taxa básica é um importante indicador econômico e sua elevação pode ter impacto significativo no mercado financeiro e na economia como um todo. A decisão do Copom será crucial para definir o rumo da política monetária no país.
A Selic e o Cenário Econômico
O cenário-base do banco é o de um Banco Central (BC) menos restritivo que o resto do mercado, com uma Selic prevista em 12% ao ano no começo de 2025. Isso significa uma alta de 0,25 ponto percentual em setembro, seguida por dois apertos de 0,5 ponto percentual nas reuniões em novembro e dezembro, e mais uma elevação de 0,25 ponto na taxa em janeiro. A taxa básica de juros é um fator importante nesse cenário.
O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) acelerou, enquanto as expectativas de inflação e a taxa de câmbio continuam sendo uma fonte de preocupação. O economista Marco Antonio Caruso, do Santander, nota que os dados locais têm dado suporte a uma postura ‘hawkish’ desde a última reunião do Copom, em julho. No entanto, o cenário global parece mais ‘dovish’, com os principais bancos centrais se tornando gradualmente menos restritivos.
A Incerteza e a Selic
A postura dos principais bancos centrais está se tornando gradualmente menos restritiva, com destaque para a maior sensibilidade do Fed (Federal Reserve, banco central americano) ao esfriamento do mercado de trabalho. A taxa de juros é um fator importante nesse cenário. De acordo com o economista, o comitê considera a utilização de um ‘guidance’ como ineficaz em tempos de incerteza. Além disso, uma ampla gama de cenários possíveis alimentou essa incerteza, especialmente com as idas e vindas nos discursos de membros do Copom em aparições públicas.
A despeito da projeção de alta de 1 ponto percentual na Selic, as condições internas sugerem que os riscos ainda estão inclinados para cima, segundo Caruso. As expectativas de inflação estão próximas das observadas no início do ciclo de corte, mas o balanço de riscos hoje é pior, em nossa opinião. A queda das taxas de juros em todo o mundo favorece um ciclo curto no Brasil, mas o canal seria por meio de um dólar/real mais baixo, o que ainda não vimos. A taxa de câmbio é um fator importante nesse cenário.
O Futuro da Selic
O tempo ajuda à medida que o horizonte relevante se desloca para frente, os choques inflacionários perdem força e a esperada desaceleração da economia se confirma. A Selic é um fator importante nesse cenário, e a taxa básica de juros é um fator que influencia a economia. O economista Marco Antonio Caruso nota que a postura dos principais bancos centrais está se tornando gradualmente menos restritiva, o que pode influenciar a taxa de juros no futuro.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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