Rei Salomão a cavalo vence o diabo com lança, simbolizando o bem sobre o mal em Eskipazar, região do Império Romano Tardio, com influência do Arcanjo Miguel e texto Apócrifo.
O descobrimento histórico é considerado um achado relevante para o estudo da arte e da religião no contexto da antiga Judeia. O amuleto é uma peça de artefato que ilustra a figura do Rei Salomão, conhecido por seu papel na construção do Templo de Jerusalém e por suas habilidades mágicas e políticas.
É importante destacar que o Rei Salomão, como figura bíblica, é um personagem icônico na história judaica. Ele foi o sucessor do Rei Davi e liderou o povo judeu durante um período de grande prosperidade e desenvolvimento. Em uma visão mais ampla, o Rei Salomão também é considerado um arquiteto do panorama cultural, intelectual e político do antigo Oriente Médio, deixando marcas duradouras em diferentes áreas, desde a construção na arquitetura até a literatura e a política. O seu legado se estende por séculos, e ele continua a ser um tema de estudo e fascínio para historiadores, arqueólogos e estudiosos da religião.
Um tesouro bíblico em Adrianópolis
A constatação do objeto em questão fortalece a narrativa de um capítulo excluso da Bíblia. A imagem aqui retratada é do ‘Testamento de Salomão’, filho do rei Davi e personagem bíblico de notável destaque. Ele está associado a um texto apócrifo intitulado ‘Testamento de Salomão’, que aborda temas de magia e demonologia. Este capítulo foi excluído do livro sagrado do Cristianismo por conta de seu foco nesses temas. Nele, o arcanjo Miguel entrega a Salomão um anel mágico que lhe permite convocar, interrogar e controlar demônios, conferindo-lhe poderes sobre o mal.
A passagem foi retirada do livro sagrado do Cristianismo. Contudo, a sua remoção não diminui o seu impacto na história bíblica, especialmente considerando o contexto de magia e demonologia. Eventos da Bíblia confirmados usando datação por radiocarbono Joia antiga revela segredos de importante evento bíblico Descoberta em Jerusalém confirma guerra descrita na Bíblia Prova do sincretismo religiosa da época
Segundo os arqueólogos, pesquisas anteriores encontraram evidências de uma unidade de cavalaria na mesma região. Salomão era considerado uma figura protetora da cavalaria romana e bizantina em Adrianópolis. Em uma das faces do amuleto, a inscrição ‘Nosso Senhor venceu o mal’ destaca seu propósito como objeto de conotação divina. Já a parte de trás está gravada com os nomes dos quatro arcanjos: Azrael, Gabriel, Miguel e Israfil. O amuleto retrata episódio descrito na Bíblia
A descoberta do amuleto indica uma relação com a tradição do ‘Testamento de Salomão’, já que os pesquisadores sugerem que o pingente era usado por um soldado que acreditava no poder do Rei para a proteção espiritual. Ainda de acordo com a equipe, liderada por Ersin Celikbaş, do departamento de Arqueologia da Universidade de Karabuk, nunca haviam sido encontrados exemplares similares na região. O Rei Salomão ainda é considerado uma figura central nas três principais religiões abraâmicas. Enquanto na Torá e na Bíblia ele é mencionado como governante, no islamismo também é reconhecido como profeta. A descoberta indica mais uma evidência do sincretismo religioso e das práticas espirituais do período do Império Romano Tardio na região de Adrianópolis
Fonte: @Olhar Digital
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