Radiação médica essencial para saúde, incluindo radioterapia de intensidade no tratamento do câncer
A radiação é um tema que tem sido cada vez mais discutido em relação à saúde e ao meio ambiente. Em tempos de expectativa e torcida por Ainda Estou Aqui e pela atriz Fernanda Torres na cerimônia do Oscar, recordo da produção que recebeu a estatueta de melhor filme na edição de 2024, Oppenheimer, que aborda a vida do físico estadunidense J. Robert Oppenheimer, conhecido por seu trabalho com a radiação e sua contribuição para o desenvolvimento da bomba atômica. A radiação é um conceito fundamental na física e tem sido objeto de estudo e pesquisa por muitos anos.
A irradiação e as radiações são fenômenos que estão relacionados à radioatividade, que é a capacidade de certos materiais de emitir radiação. A radiação pode ser encontrada em diversas formas, incluindo a radiação ionizante e a radiação não ionizante. A radiação ionizante é capaz de remover elétrons de átomos e moléculas, causando danos ao DNA e aumentando o risco de câncer. Já a radiação não ionizante, como a luz visível e as ondas de rádio, não tem energia suficiente para remover elétrons e é geralmente considerada segura. A radiação é um tema complexo e a sua compreensão é fundamental para entender os riscos e benefícios associados à radiação. Além disso, a radiação é um tema que deve ser tratado com cuidado e a sua manipulação deve ser feita por profissionais qualificados. A radiação é um conceito que está presente em muitas áreas da ciência e da tecnologia, e a sua aplicação é muito ampla. A radiação é um tema que deve ser estudado e compreendido para que possamos usar a radiação de forma segura e eficaz.
Introdução à Radiação
A ciência, essencial para o avanço da humanidade, pode ser perigosa quando o conhecimento está sob o domínio de pessoas e instituições com um olhar bélico, como exemplificado por Robert Oppenheimer, interpretado pelo ator Cillian Murphy. Em 6 de agosto de 1945, a explosão que atingiu um raio de 2 quilômetros e matou mais de 200 mil japoneses em Hiroshima e Nagasaki, foi um triste momento na história, que estigmatizou tudo o que envolve radiação. No entanto, é importante destacar que a radiação também tem aplicações benéficas, especialmente na área da saúde, como na radiação médica.
A física-química polonesa Marie Curie revolucionou os raios-x a partir da Primeira Guerra Mundial, expandiu o diagnóstico por imagem e, com a descoberta do elemento rádio, abriu caminho para a radiação ser capaz de destruir tumores. Marie Curie, porém, viu sua jornada como cientista interferir em sua saúde, morrendo de leucemia em 1934, devido a anemia aplásica, uma condição rara e grave em que a medula óssea deixa de produzir células, possivelmente relacionada à exposição à irradiação e radiações durante suas pesquisas.
A Radioatividade e sua Aplicação
Marie Curie foi a única pessoa a receber dois Prêmios Nobel em áreas científicas distintas: o Nobel de Física, em 1903, pelo trabalho pioneiro na descoberta da radioatividade e o Nobel de Química, em 1911, pela descoberta dos elementos rádio e polônio. Seu legado transformou a ciência, mas um dos impactos mais duradouros de suas descobertas só se tornou plenamente evidente anos após sua morte: a revolução que a radioatividade proporcionou na medicina, especialmente no tratamento do câncer por meio da radioterapia de intensidade modulada.
O que começou no início do século XX como um uso experimental da radiação evoluiu para uma das modalidades terapêuticas mais eficazes contra o câncer. Hoje, cerca de 60% a 65% dos pacientes oncológicos se beneficiam da radioterapia em alguma fase do tratamento, que pode ser realizada com a ajuda de técnicas de irradiação e radiações controladas. Avanços tecnológicos significativos, como a radioterapia de intensidade modulada (IMRT) e a radioterapia guiada por imagem (IGRT), permitiram um salto na precisão do tratamento, otimizando a entrega da dose de radiação no tumor e reduzindo os danos aos tecidos saudáveis ao redor, minimizando os efeitos da radiação e radioatividade.
Desafios e Avanços na Radioterapia
No Brasil, a IMRT tem cobertura obrigatória pelos planos de saúde para tumores de cabeça e pescoço, cérebro, tórax e próstata. No entanto, no Sistema Único de Saúde (SUS), a sustentabilidade econômica da radioterapia é um desafio crítico, devido à exposição à radiação e irradiação durante o tratamento. Embora as técnicas mais avançadas possam ser oferecidas em alguns locais, o modelo de reembolso atual não diferencia a complexidade dos tratamentos, o que desincentiva a modernização dos serviços de radioterapia e radiação médica, que lidam com a radioatividade e radiações para tratar o câncer. Além disso, a radiação também pode ser usada em casos de desastre nuclear, como o de Chernobyl, na Ucrânia, e o acidente de Goiânia com o césio-137, que demonstram a importância do manejo seguro da radiação e radioatividade.
Fonte: @ Veja Abril
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