ouça este conteúdo
Astronomicamente falando, meteoritos, meteoroides e cometas são corpos celestes do Sistema Solar com órbitas e trajetórias distintas.
Em uma noite sem Lua visível no céu, você contempla o firmamento em um local distante do burburinho urbano e, de repente, uma luz corta o teto estrelado e desaparece. Você pode até se perguntar: ‘que bela estrela cadente!’, mas, cientificamente falando, o que foi que você de fato presenciou? Um meteorito, um meteorito… ou um meteoróide?
Agora, imagine se essa luz fosse um cometa cruzando o céu, deixando um rastro brilhante em sua passagem. A beleza e o mistério do universo nos presenteiam com espetáculos celestes que nos fazem refletir sobre nossa pequenez diante da imensidão cósmica. Afinal, quem nunca se maravilhou com a dança dos cometas e a trajetória dos meteoróides pelo espaço sideral?
Meteoroides, meteoritos e asteroides: corpos celestes astronomicamente falando
Mas, e se tiver sido um asteroide ou mesmo um cometa? Todas essas respostas são possíveis, uma vez que o nosso Sistema Solar é repleto de inúmeros meteoroides, cometas e pequenos objetos que sobraram do disco de poeira e gás original que formou os planetas há 4,5 bilhões de anos.
Leia mais Cientistas descobrem ‘oxigênio negro’ sendo produzido no fundo do oceano O que é a radiação? Conheça a história da descoberta e saiba como é usada Astrônomos detectam exoplaneta com órbita invertida em forma de pepino A maioria desses corpos celestes está bem longe da Terra, nos confins distantes do Sistema Solar, mas alguns deles se aproximam do nosso planeta, penetram em nossa atmosfera e, quando não incinerados pelo atrito e compressão do ar, caem na superfície.
Dessa forma, é possível que aquela estrela cadente seja uma rocha meteoróide, resultante da fragmentação de um asteroide ou desprendimento da cauda de um cometa. Ao entrar na atmosfera, ela pode produzir o fenômeno luminoso e se tornar um meteoro, ou cair no solo, e virar meteorito. Veja abaixo as principais características de cada um desses objetos astronômicos.
Asteroides e sua importância astronômica
Asteroides são objetos majoritariamente pequenos, rochosos ou metálicos, localizados no chamado cinturão de asteroides, entre as órbitas de Marte e Júpiter, embora alguns se aproximem e até atravessem a órbita da Terra. Por definição, eles são maiores do que um metro de diâmetro. As rochas flutuantes menores do que asteroides são chamadas de meteoroides, e se transformam em meteoros ao entrar na nossa atmosfera. Já os asteroides massivos o bastante para se tornarem esféricos pela força de sua própria gravidade são chamados de planetas-anões, como é o caso de Plutão. Os asteroides são rochas que contêm os materiais primitivos do qual foram construídos os planetas do nosso Sistema Solar. Porém, ao contrário das rochas terrestres, moldadas por eras de erosão e processos geológicos, os asteroides permaneceram intocados. Consideradas cápsulas do tempo orbitais, essas rochas têm sido visitadas ultimamente por sondas terrestres, como a OSIRIS-REx e a Hayabusa2, para coletas de amostras que deem pistas sobre a origem e a evolução do nosso sistema planetário.
Asteroides potencialmente perigosos e sua relação com a Terra
Mas há outro motivo para conhecer bem os asteroides (e também os cometas): a sua proximidade com a Terra. Os chamados objetos próximos à Terra (NEOs na sigla em inglês) são asteroides entre 3 metros e 40 quilômetros de diâmetro acompanhados constantemente pelo Centro de Estudos de Objetos Próximos à Terra, da Nasa (agência espacial dos Estados Unidos). Como as órbitas desses objetos são alongadas ou elípticas, eles chegam a se afastar até 195 milhões de quilômetros do Sol, aproximando-se perigosamente de nós. Embora a probabilidade de uma grande colisão com o nosso planeta seja considerada relativamente baixa, o potencial devastador desses objetos impõe um monitoramento contínuo.
Meteoros e sua natureza luminosa
Uma forma fácil de fixar o que é um meteoro é lembrar que se trata de um fenômeno meteorito, cometa; que ocorre quando um meteoróide entra na atmosfera terrestre e produz um rastro luminoso devido ao atrito com o ar. Esses eventos são comuns e podem ser observados em diversas partes do mundo. Os meteoros são apenas uma pequena parte do ciclo de vida dos meteoroides, asteroides e cometas que vagam pelo espaço sideral, enriquecendo a nossa compreensão do universo e da formação dos corpos celestes.
Fonte: © CNN Brasil
Comentários sobre este artigo