Reunião entre governo e professores das Uebas ocorrerá na Secretaria Estadual da Educação para discutir reajuste salarial e calendário de mobilização do movimento docente.
Os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Uebas) decidiram retomar a paralisação das atividades acadêmicas nesta quarta-feira (11), após não conseguirem chegar a um acordo com o Governo do Estado sobre a proposta de recomposição salarial. A categoria reivindica melhorias nas condições de trabalho e valorização dos profissionais do magistério.
A paralisação afeta diretamente os universitários que dependem das aulas para concluir seus cursos. A falta de investimento no magistério superior pode ter consequências negativas no futuro da educação no estado. Os docentes, que são os principais responsáveis pela formação dos futuros profissionais, precisam de condições adequadas para exercer suas funções. A categoria espera que o Governo do Estado reconsidere a proposta e busque uma solução que atenda às necessidades dos professores e dos universitários. A valorização dos professores é fundamental para a qualidade da educação.
Paralisação nas Universidades Estaduais da Bahia
Nesta quarta-feira, as aulas estão suspensas nas Universidades Estaduais da Bahia (Uneb), Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) e Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). Além disso, um ato unificado está sendo realizado no Campus I da Universidade do Estado da Bahia (Uneb) desde as 6h30, no bairro do Cabula, como forma de protesto.
Segundo a Associação dos Docentes da Uneb (Aduneb), a negociação sobre o reajuste salarial está no quarto ciclo de discussão. Durante a paralisação, a partir das 15h, ocorrerá uma nova reunião do Fórum das Associações Docentes (FAD) com a Secretaria de Educação (SEC). Os professores estão reivindicando um reajuste salarial justo e digno.
Reivindicações dos Professores
A proposta de reajuste salarial do movimento docente é de três reajustes de 5,7%, nos meses de janeiro de 2025 e 2026, além de dezembro do ano que vem, respectivamente, totalizando 17,42% em dois anos (2025 e 2026), com data-base em janeiro. Os docentes universitários estão buscando uma recomposição salarial que atenda às suas necessidades e expectativas.
De acordo com o sindicato da categoria, o governo só cedeu à mesa de negociação após a decisão das assembleias docentes pelo indicativo de greve, aprovado em junho. A Aduneb informou que a negociação está em andamento, mas os professores estão preparados para uma greve se as reivindicações não forem atendidas.
Investimentos nas Universidades Estaduais
O Governo da Bahia informou que mantém permanentemente reuniões com as representações das universidades estaduais e continua aberto ao processo diálogo com a categoria. De acordo com o governo, por ‘entender a importância do fortalecimento do ensino superior público, o governo do estado vem continuamente investindo nas universidades estaduais, com destaque para valorização de seus docentes e técnicos’.
Em 2023, mais de 500 professores das quatro universidades públicas estaduais (Uefs, Uneb, Uesc e Uesb) foram contemplados com promoções, graças a uma revisão no quadro de vagas da carreira que permitirá a ampliação do fluxo. Segundo o governo, os ganhos médios variam de 7,83% a 9,69%.
Reajustes e Benefícios
Os docentes universitários também tiveram um reajuste complementar de 2,53% e com acréscimos de 0,73% a 2,52%, em função da recomposição dos interstícios (variações percentuais) entre as classes da carreira do magistério superior. Já os professores do magistério superior foram contemplados, ainda, com a conversão da licença-prêmio em vantagem financeira (pecúnia).
Além disso, como todas as carreiras da administração direta e indireta, eles tiveram o reajuste linear de 4%, retroativo a fevereiro de 2023. Os técnicos e analistas universitários também receberam, além do reajuste de 4%, o acréscimo de 2,53%, bem como tiveram garantido, através do conjunto de projetos de lei aprovado pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), o novo quadro de vagas.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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