EcoRodovias venceu o leilão da Nova Raposo por R$ 2,19 bilhões, com investimento obrigatório de R$ 4,6 milhões para implementar modelo de cobrança automática e do setor.
Em sua gestão, o governo do estado de São Paulo tem se destacado pela implementação de uma série de mudanças estruturais, dentre as quais as privatizações se destacam como uma das medidas mais controversas. Com o objetivo de reativar uma economia pós-pandemia, o governador Tarcísio de Freitas decidiu colocar em prática um ambicioso pacote de privatizações, que visa atrair investimentos estrangeiros e revitalizar a economia do estado.
Entre as ações mais polêmicas do governo está o processo de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (SABESP), que é uma das maiores empresas de saneamento do país. Além disso, o governo também está avaliando a possibilidade de concessionar parte da Rodovia dos Bandeirantes, uma das principais estradas do estado. Essas ações são parte do pacote de privatizações e concessionamentos do governo do estado de São Paulo, que visa atrair investimentos e melhorar a prestação de serviços públicos.
Privatizações: Nova parceria em SP
Na mais recente etapa desse trajeto, a EcoRodovias arrematou a licitação da concessão rodoviária Nova Raposo com uma proposta de R$ 2,19 bilhões em leilão realizado na tarde desta quinta-feira, 28 de novembro, na B3, em São Paulo. A proposta da companhia representou um ágio de 47.111,67% sobre o valor mínimo da outorga, estipulado em R$ 4,6 milhões. Com essa conquista, a EcoRodovias superou as ofertas feitas pela EPR (R$ 1,17 bilhão), CCR (R$ 1,04 bilhão) e Via Appia (R$ 477,48 milhões), suas rivais nesse certame.
Privatizações: O impacto das privatizações
O CEO da EcoRodovias, Marcello Guidotti, destacou que a empresa estudou todos os editais recentes e enfatizou que houve um amadurecimento do setor, principalmente do ponto de vista regulatório e das garantias e segurança contratuais. Ele também ressaltou que o novo ativo tem total sintonia com a estratégia de crescimento sustentável do grupo. Com o resultado do leilão, a empresa chega a uma malha total de mais de 4,8 mil quilômetros de rodovias sob sua gestão em todo o País.
Privatizações: A expansão das privatizações
Em São Paulo, essa é a quarta concessão da companhia, que já opera a Ecovias, a Ecopistas e a EcoNoroeste. A Nova Raposo inclui 92 quilômetros de trechos de quatro rodovias que atravessam dez cidades entre a região metropolitana de São Paulo e o sudoeste do estado. Com prazo de 30 anos, a concessão inclui o compromisso de um aporte de aproximadamente R$ 7,9 bilhões em obras e melhorias.
Privatizações: O modelo de cobrança automática
Como parte dessa cifra, a empresa terá que investir em cerca de 78 quilômetros de faixas adicionais, 22 quilômetros de duplicações e 43 quilômetros de marginais. A partir do terceiro ano, o projeto também prevê a instalação do modelo de cobrança automática de pedágios, mais conhecido como free flow. Até então, parte dessa malha era operada pela ViaOeste, da CCR.
Privatizações: O leilão de R$ 2,19 bilhões
Há cerca de um mês, as duas empresas travaram uma disputa em outro leilão do governo paulista, do Lote Rota Sorocabana. Daquela vez, porém, quem saiu vencedora foi a CCR, com um lance de R$ 1,6 bilhão. O pregão de hoje, por sua vez, fechou o pacote de leilões realizados pelo governo de São Paulo durante todo o ano de 2024, como parte do Programa de Parcerias de Investimentos de São Paulo (PPI-SP), que envolve um total de 24 projetos e prevê R$ 470 bilhões em investimentos.
Privatizações: O pacote de leilões
Além da Nova Raposo e da Rota Sorocabana, essa última rodada do ano incluiu dois leilões para a construção de 33 novas escolas para estudantes dos ensinos fundamental e médio, e um processo para a transferência da gestão de serviços lotéricos. Entre outros projetos concluídos ou no radar, o PPI-SP inclui iniciativas que compreendem da ampliação das redes metroviária e ferroviária até a gestão de parques públicos urbanos, passando pela construção de casas populares, escolas e a desestatização da Sabesp, concluída em julho desse ano.
Privatizações: A crítica às privatizações
A despeito de receber elogios de parte do mercado pela modelagem adotada nos leilões e a diversidade de projetos envolvidos, essas concessões e iniciativas do PPI-SP também têm sido alvo de críticas. Esse foi o caso da própria privatização da Sabesp, cujo certame teve apenas um interessado.
Fonte: @ NEO FEED
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