Eleição presidencial levanta dúvida se poderá dividir o domínio da big tech nas buscas online e gestão em relação ao ceticismo de que ele terá continuar os processos anterior.
A gestão Trump em seu governo anterior apresentou uma abordagem mais agressiva em relação às grandes empresas de tecnologia, como o Google, com o objetivo de impor regras mais rigorosas e reduzir seu poder de influência no mercado. Embora a proposta de desmembrar o Google não tenha sido implementada, os especialistas afirmam que a nova gestão de Joe Biden poderá rever essa decisão e adotar uma abordagem mais colaborativa com as empresas de tecnologia.
Aos poucos, a atenção do governo norte-americano em relação a grandes empresas como o Google está se mudando, com o novo presidente Joe Biden apontando em direção a uma política mais cooperativa. Isso significa que o Google, uma vez um alvo de críticas por sua liderança dominante nas buscas online, pode ter uma nova chance de sobreviver, embora com restrições. A decisão da administração Biden de revisar as políticas antitruste pode beneficiar empresas como o Google, que poderão manter seu domínio no mercado, afirmando especialistas em tecnologia.
Google pode escapar de desmembramento após mudanças nos EUA
Em um cenário de grande imprevisibilidade, especialistas afirmam que a administração do presidente norte-americano, Donald Trump, poderá reduzir parte das políticas antitruste implementadas pelo seu antecessor, Joe Biden, incluindo a tentativa de dividir o Google, da Alphabet, devido ao seu domínio nas buscas online. Essa mudança poderia influenciar o curso dos processos antitruste contra grandes empresas de tecnologia, como o Google.
Se Trump reverter a política da administração anterior, ele pode impactar diretamente os processos antitruste em curso, como o caso contra o Google, que começou em seu mandato anterior. O Departamento de Justiça (DOJ, na sigla em inglês) está conduzindo dois processos antimonopólio contra o Google, um sobre buscas na plataforma e outro sobre tecnologia de publicidade, bem como um processo contra a Apple. Além disso, a Comissão Federal de Comércio dos EUA está processando a Meta e a Amazon.
A decisão do Google em ser julgado em setembro passado nos EUA, em um processo que pode levar à divisão da empresa, é um exemplo de como a administração Biden procurou reduzir o poder do Google. No entanto, o julgamento sobre essas correções não ocorrerá até abril de 2025, com uma decisão final saindo provavelmente em agosto. Isso dá a Trump e ao DOJ tempo para mudar de rumo, se assim desejarem.
William Kovacic, professor de direito da Universidade George Washington, afirma que Trump está em posição de controlar a disposição do DOJ para a fase de recursos. Além disso, Trump também pode recuar em algumas políticas que irritaram negociadores durante o governo Biden, como a relutância em fazer acordos com empresas que se fundem. A Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) provavelmente descartaria as diretrizes de análise de fusões elaboradas durante o governo Biden, que eram consideradas muito hostis às fusões e aquisições.
A proibição da FTC sobre a maioria das cláusulas de não concorrência em contratos entre empregador e empregado pode ser mais vulnerável a uma ação judicial movida pela Câmara de Comércio dos EUA, se a FTC votar para não defendê-la. Cerca de 30 milhões de pessoas, ou 20% dos trabalhadores dos EUA, assinaram cláusulas de não concorrência, o que poderia ser uma área de foco para a administração Trump.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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