Incertezas sobre a política de Donald Trump afetam a demanda, com o dólar forte pesando em produção, anúncios e sanções iranianas do governo.
Até a data de 12 de fevereiro de 2020, o preço do petróleo havia caído em 20% desde o início do ano, com a commodity sendo muito afetada pelas incertezas econômicas e políticas globais. O petróleo é uma commodity altamente volátil, com preços tendendo a flutuar em resposta a mudanças na demanda e na disponibilidade.
Os preços do petróleo operam em queda devido a uma combinação de fatores, incluindo a demanda fraca devido à economia global lenta e o dólar forte, que torna o petróleo mais caro para compradores de outras moedas. Além disso, as incertezas sobre as políticas de Donald Trump ainda pesam no sentimento do investidor, e os investidores estão cautelosos em ingressar no mercado. O petróleo é uma commodity essencial para a economia global, e mudanças nos preços podem ter impactos significativos em países produtores e consumidores.
Precificação do petróleo ainda enfrenta incertezas
A temporada de festas de fim de ano trouxe uma brisa de otimismo para os preços do petróleo, mas a cena continua marcada por incertezas, especialmente no que diz respeito à política energética dos Estados Unidos. Na quinta-feira, 28 de novembro, o petróleo Brent, índice de referência para a commodity no mercado internacional, fechou a US$ 71,65 por barril na Intercontinental Exchange (ICE). Já o petróleo WTI, usado como referência no mercado americano, estava patenteado a US$ 66,85 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex).
A percepção de que a política energética dos Estados Unidos ainda é uma incógnita, especialmente após as eleições de meio de mandato, desceu o petróleo 0,80% em Nova York e 0,81% no Brent. No entanto, analistas de mercado como Barbara Lambrecht, da Commerzbank, apontam que a política de produção do cartel Opep+ pode evitar que os preços do petróleo atinjam os níveis mais baixos. ‘Os anúncios do futuro governo dos Estados Unidos ainda são uma incógnita, mas é provável que os preços do petróleo sejam mais estáveis, seja em função de uma política energética mais ambiciosa ou sanções mais duras contra o Irã’, avalia Lambrecht.
De acordo com a Agência Internacional de Energia (AIE), a demanda por petróleo diminuirá 4,2% em 2024, na comparação com o ano anterior, enquanto a oferta global crescerá 2,9%. Os cortes de produção da Opep e de outros produtores alcançaram 3,4 milhões de barris por dia em novembro. O cartel, porém, prevê uma queda de apenas 2,5 milhões de barris por dia em 2024.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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