Calorão acima de 40ºC é o novo normal, reflexo da crise climática, onda de calor
O calor está sendo sentido fortemente em todo o país, especialmente no Rio de Janeiro, onde a temperatura atingiu 42,2ºC na última segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025. Essa onda de calor está afetando a rotina das pessoas, que buscam maneiras de se refrescar, como usar mangueiras na rua, como visto em Guaratiba, no subúrbio do Rio de Janeiro. A situação é tão grave que as autoridades estão emitindo alertas sobre o calor extremo, pedindo que as pessoas tomem cuidado e se protejam.
A temperatura alta está causando problemas para a população, especialmente para os idosos e crianças, que são mais vulneráveis ao aquecimento. O calor extremo também está afetando a saúde das pessoas, com um aumento nos casos de desidratação e insolação. Além disso, o calor está impactando a economia, com perdas para a agricultura e a indústria. É importante tomar medidas para se proteger do calor e manter a hidratação. A previsão é que o calor continue nos próximos dias, por isso é fundamental que as pessoas estejam preparadas e tomem as devidas precauções para se proteger do calor extremo. O uso de protetor solar é fundamental para evitar queimaduras e danos à pele causados pelo calor.
Entendendo o Calor
O calor foi intenso, mas não chegou a desbancar a maior temperatura já registrada no Brasil pelo órgão federal, o que nos leva a refletir sobre o impacto do calor extremo em nosso planeta. Para especialistas, é preciso entender que o planeta já vive sob um novo clima, onde o calor se tornou uma constante. Segundo dados do Inmet, o dia mais quente no País foi 19 de novembro de 2023, durante a primavera em Araçuaí, no interior de Minas Gerais, quando foi registrada a temperatura de 44,8ºC, um exemplo claro do aquecimento que estamos enfrentando.
Calor e Temperatura
O dia aconteceu em meio à oitava onda de calor do ano em questão, o que nos mostra como o calor extremo pode afetar nossa rotina e nosso meio ambiente. Das cinco maiores máximas históricas desde a década de 1960, as três maiores não aconteceram no verão, mas sim durante a primavera, o que nos leva a questionar sobre o impacto do calor em diferentes épocas do ano. Na primavera, considerando o histórico de medições, na sequência aparecem os registros de 44,7ºC em Bom Jesus do Piauí, no Piauí, em novembro de 2005, e de 44,6ºC marcados em Paranaíba, em Mato Grosso do Sul, em outubro de 2020, mostrando como o calor pode variar de região para região.
Ondas de Calor
Depois há dois registros feitos no verão, época em que é de se esperar calor, mas que não são os mais altos, o que nos leva a refletir sobre como o calor pode ser mais intenso em diferentes épocas do ano. Foram 44,6ºC em Bom Jesus do Piauí, dessa vez em janeiro de 2006, e 44,6ºC em Orleans, no Rio Grande do Sul, em janeiro de 1963, exemplos de como o calor pode variar ao longo dos anos. Essa última, é a única máxima que aconteceu antes dos anos 2000, o que nos mostra como o calor tem aumentado ao longo do tempo. As maiores máximas históricas desde 1961, segundo o Inmet, são: Araçuaí (MG): 44,8°C no dia 19/11/2023; Bom Jesus do Piauí (PI): 44,7°C no dia 21/11/2005; Paranaíba (MS): 44,6°C no dia 07/10/2020; Bom Jesus do Piauí (PI): 44,6°C no dia 30/01/2006; Orleans (RS): 44,6°C no dia 06/01/1963, todos exemplos de como o calor pode ser intenso em diferentes regiões e épocas.
Calor e Mudanças Climáticas
O calor acima de 40ºC tem se tornado cada vez mais um novo normal, pontua Danielle Ferreira, meteorologista que atua na área de climatologia do Inmet, o que nos leva a refletir sobre como as mudanças climáticas estão afetando nosso planeta. Ela avalia que, por mais que ainda seja cedo para dizer se 2025 irá bater o recorde de 2024, que foi considerado o ano mais quente não só no Brasil, como em todo o globo segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a ‘quebra de recordes’ recorrentes é uma realidade, e que o calor extremo é um dos principais fatores que contribuem para isso. Em 2024, segundo o Inmet, as cinco maiores máximas foram: Goiás (GO): 44,5°C no dia 06/10/2024; Cuiabá (MT): 44,1°C no dia 06/10/2024; Aquidauana (MS): 43,7°C no dia 07/10/2024; Miranda (MS): 43,3°C no dia 07/10/2024; Aragarças (GO): 43,3°C no dia 03/10/2024, todos exemplos de como o calor pode variar de região para região.
Calor e Aquecimento
Danielle explica que, em 2023, até o meio do ano passado, o Brasil estava sob atuação do fenômeno El Niño, que é caracterizado pelo aquecimento anormal e persistente da superfície do Oceano Pacífico na linha do Equador, com a tendência para as temperaturas se elevarem, o que contribuiu para o aumento do calor extremo. E na sequência já chegou a La Niña, que, por sua vez, é marcada pelo resfriamento anormal dessas águas, mas que não foi suficiente para ‘derrubar’ o calorão em meio aos desequilíbrios do fator das mudanças climáticas, o que nos leva a refletir sobre como o calor pode ser afetado por diferentes fenômenos climáticos. O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) é responsável por monitorar e registrar as temperaturas no Brasil, e é fundamental para entendermos como o calor está afetando nosso país. A onda de calor é um fenômeno que ocorre quando a temperatura é mais alta do que a média para uma determinada região, e pode ter consequências graves para a saúde e o meio ambiente. O novo clima é um termo que se refere às mudanças climáticas que estão ocorrendo em nosso planeta, e é fundamental para entendermos como o calor está afetando nosso mundo. A primavera em Araçuaí, no interior de Minas Gerais, é um exemplo de como o calor pode ser intenso em diferentes épocas do ano, e a oitava onda de calor do ano em questão é um exemplo de como o calor pode variar de região para região.
Fonte: @ Terra
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