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Baobás vivem por mais de mil anos, sendo espécies-chave em florestas secas da África e Austrália, com valor enorme e múltiplas hipóteses.
Por muitos séculos, majestosos baobás têm se mantido como guardiões em três distintas porções de terra, debatendo entre si uma questão fundamental: qual deles surgiu primeiramente? Os baobás, com seus troncos robustos e copas imponentes, são verdadeiramente inconfundíveis.
Essas árvores milenares são testemunhas silenciosas de inúmeras histórias e eventos ao longo dos tempos. Os baobás gigantes são símbolos de resistência e sabedoria, enraizados profundamente na terra e alcançando os céus com sua imponência.
Os Baobás: Árvores Gigantes e Milenares
Os baobás são árvores gigantes que podem viver por mais de mil anos, desempenhando um papel crucial como espécies-chave em ambientes de floresta seca em Madagascar, uma faixa da África e no noroeste da Austrália. Conhecidas como a ‘mãe da floresta’ e a ‘árvore da vida’, essas árvores milenares são verdadeiras massas de vida que sustentam ecossistemas inteiros. Quase todas as partes do baobá têm usos variados para humanos e animais, destacando seu valor enorme em cada habitat que habitam.
A origem dos baobás tem sido envolta em mistério, com múltiplas hipóteses conflitantes. Uma recente pesquisa publicada na revista Nature desafiou a ideia dominante de que essas árvores gigantes vieram da África continental, revelando que na verdade se originaram em Madagascar. Essa descoberta lança nova luz sobre a história evolutiva dessas árvores icônicas.
Enquanto os baobás são celebrados por sua longevidade e imponência, enfrentam atualmente um desafio significativo. Um estudo aponta que seis das espécies de baobá em Madagascar estão em declínio, com uma delas possivelmente extinta até 2080, a menos que ações urgentes sejam tomadas. Esse cenário levanta preocupações sobre o futuro dessas árvores emblemáticas.
A pesquisa genética desempenha um papel fundamental na compreensão da história evolutiva dos baobás. A primeira sequência completa do genoma de cada espécie permitiu aos cientistas traçar a jornada dessas árvores ao longo de milhões de anos. Descobriu-se que os baobás surgiram em Madagascar há cerca de 21 milhões de anos, antes de se diversificarem e se espalharem para a África e Austrália.
A dispersão dos baobás para além de Madagascar ocorreu há cerca de 12 milhões de anos, após a separação do supercontinente Gondwana. A teoria de que as sementes dos baobás foram transportadas pelo oceano em detritos flutuantes provenientes de inundações repentinas oferece uma explicação fascinante para sua presença em diferentes continentes.
A colaboração entre instituições de renome, como o Jardim Botânico de Wuhan, os Jardins Botânicos Reais no Reino Unido e a Universidade de Antananarivo em Madagascar, foi fundamental para o avanço do conhecimento sobre os baobás. O estudo revelou padrões de fluxo gênico entre as diferentes espécies de baobá, fornecendo insights valiosos sobre sua evolução e competição atual.
Proteger o futuro dos baobás requer uma abordagem holística, considerando cada espécie como única e valiosa. A esperança é que o povo de Madagascar possa se tornar guardião dessas árvores extraordinárias, preservando-as para as gerações futuras. Os baobás são mais do que simples árvores; são símbolos de resistência, longevidade e conexão com a história da Terra.
Fonte: © CNN Brasil
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