Filha de magistrado e servidora foram alvo de operação de busca, suspeita de quebra de sigilo e suposto recebimento de valor ilícito.
O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou na última sexta-feira (20) operações de busca e apreensão da Polícia Federal (PF) para investigar a suposta venda de sentenças judiciais pelo desembargador afastado do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) João Ferreira Filho. As ações foram expedidas em decorrência de uma representação do Ministério Público Federal (MPF), que acusa o magistrado de vender decisões judiciais em troca de suborno.
De acordo com o STF, foram alvo das buscas uma filha do magistrado e uma servidora do TJMT. O esquema de corrupção, que teve início em 2011, teria envolvido a suborno de juízes e desembargadores em troca de sentenças favoráveis a determinadas partes. A operação de busca e apreensão foi autorizada após a PF apresentar provas de que o esquema de suborno era vasto e envolvia várias pessoas, incluindo juízes e advogados. Vender decisões judiciais é um crime grave e pode ter consequências severas para os envolvidos, incluindo a perda de liberdade e a inabilitação para o exercício de funções públicas.
Operação Sisamnes: O que a PF encontrou nos dispositivos apreendidos
O caso de vender justiça, envolvendo o magistrado João Zanin, está sob os holofotes da Operação Sisamnes, uma investigação que visa desvendar o suposto esquema de suborno e corrupção. Segundo os agentes da PF, a quebra de sigilo telemático dos dispositivos apreendidos foi fundamental para desentranhar a trama.
O ministro João Zanin foi o responsável por autorizar a PF a apreender vários dispositivos eletrônicos, como celulares, tablets e computadores, que teriam sido usados pela quadrilha para manter contato e discutir os detalhes do esquema. Além disso, a investigação também determinou o bloqueio de R$ 1,8 milhão, valor que teria sido utilizado para aquisição de imóveis e que agora estão em sequestro de bens.
A operação é resultado da denúncia de que o desembargador João Zanin estava envolvido em uma trama para vender sentenças injustas em troca de vantagens financeiras. O nome da operação faz alusão ao juiz Sisamnes, da Pérsia, que teria aceitado suborno para proferir uma sentença injusta, o que serviu de inspiração para a investigação.
A PF informou que a operação foi batizada com o nome de Sisamnes, em referência ao magistrado da Pérsia que teria sido corrompido, gerando uma sentença injusta. Esse caso serve como um exemplo a ser lembrado, reforçando a importância de investigar e punir esses atos de corrupção.
A Operação Sisamnes ainda está em andamento, e a PF está trabalhando para desvendar os detalhes do esquema e identificar os envolvidos. Além disso, a investigação também busca determinar a origem do valor bloqueado e a identidade de quem teria recebido o dinheiro.
O caso de João Zanin e os demais envolvidos está causando grande impacto e preocupação, destacando a necessidade de que as autoridades trabalhem para combater a corrupção e garantir a justiça.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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