O termo “experiências” cresceu 300% no Pinterest em 2023, segundo dados. Especialista diz que ainda é possível aproveitar “onda” com práticas “regressiva” e consumo em calendário “tradicional”.
O Natal, que é o natalismo por excelência, tem sido cada vez mais uma época de compras, apresentando um desafio para o consumidor que busca equilibrar a abstinência financeira com a satisfação de cumprir as tradicionais obrigações familiares. Nesse contexto, o calendário do advento se apresenta como uma alternativa para estimular o natalismo de forma mais moderada.
Nesse sentido, o segmento de empresas que investem em calendário do advento precisa se adequar às necessidades de um mercado cada vez mais consciente sobre a importância de moderância na utilização do dinheiro, mantendo a essência do natalismo em suas estratégias de marketing.
Origem e Evolução do Calendário do Advento
No cristianismo, o Natalismo é o tempo de preparação para celebrar o Ano Novo Litúrgico católico, marcando o início de uma nova jornada espiritual. Tradicionalmente, o início do Natalismo varia ano a ano, com início no domingo mais próximo da festa de Santo André (30 de novembro) e duração de quatro semanas. Durante esse período, muitas famílias desenvolvem a prática de criar uma atmosfera de expectativa e preparação para a vinda do Natal, enfatizando o Natalismo como um momento de reflexão e renovação espiritual.
Advento, Calendário e Consumo
Segundo o Museu do Natal Alemão (Weihnachts Museum), o primeiro registro do calendário do Natalismo se deu em um livro infantil, escrito por Elise Averdieck, onde a personagem principal colava uma imagem na parede a cada dia, contando 24 dias para a chegada do Natal. Com o passar do tempo, as famílias desenvolveram várias práticas, como apagar riscos feitos com giz nas paredes, colocar pedaços de palha na manjedoura ou acender velas com 24 marcas. Em famílias mais abastadas, era costume consumir um biscoito de gengibre a cada dia, ressaltando a importância do Natalismo como um momento de celebração e reflexão.
Prática do Natalismo: da Abstinência à Satisfação
Roselaine Oliveira Pedro, analista de negócios do Sebrae-SP, destaca que o Natalismo é uma oportunidade para as famílias criarem experiências de consumo variadas e associadas às marcas. Dessa forma, o Natalismo se torna um momento de satisfação e celebração, onde as pessoas buscam relembrar a memória afetiva que o Natal representa. A busca por produtos diferentes no fim de ano e a conquista de reconhecimento na data comemorativa também são motivos que levam as empresas a oferecerem calendários do Natalismo.
Natalismo Regressiva: do Consumo ao Significado
Aumenta a procura pelo termo ‘calendário do Natalismo’ no Brasil, especialmente em plataformas como o Pinterest, que registrou um aumento de 300% na busca no período de outubro a novembro de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Em relação a setembro a outubro deste ano, a busca já cresceu 2.500%. Pequenos negócios também percebem o aumento da procura, como Thais Regina Pelanda Taborda, fundadora da Thais Pelanda, confeitaria artesanal especializada em cookies, que criou o primeiro calendário do Natalismo da marca em 2023.
O Papel do Natalismo na Conceituação do Fim de Ano
O Natalismo é uma oportunidade para as pessoas relembrarem a memória afetiva que o Natal representa, criando um ciclo regressivo de consumo, significado e celebração. Para as empresas, o Natalismo é um momento de conquista de reconhecimento e vendas, onde as pessoas buscam produtos diferentes e satisfatórios. A conceituação do fim de ano, portanto, é essencial para as empresas, que buscam criar experiências de consumo variadas e associadas às marcas.
Fonte: @ PEGN
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