Televisores de tubo acumulavam eletricidade estática devido ao campo eletromagnético gerado pelas bobinas defletoras e ao efeito termiônico do cátodo, que transferia carga quando tocávamos em suas telas.
Para entender melhor o funcionamento dos dispositivos que dominaram a sala de estar por décadas, é essencial conhecer o mecanismo por trás dos televisores de Tubo de Raios Catódicos (CRT | Cathode-ray Tubes), também conhecidos como TVs de tubo. Esse tipo de tecnologia foi amplamente utilizada em aparelhos de entretenimento doméstico.
Os televisores de tubo eram compostos por um tubo de vidro que continha um feixe de elétrons que era direcionado para uma superfície de fósforo, criando as imagens que víamos nas TVs. Esse processo era responsável por criar a imagem em movimento que era projetada nos monitores. A tecnologia CRT foi um marco importante na história da televisão. Com o tempo, esses aparelhos foram substituídos por tecnologias mais avançadas, mas ainda são lembrados por muitos como um símbolo da era da televisão analógica.
Entendendo o Funcionamento dos Televisores Antigos
Os televisores antigas eram conhecidos por arrepiar os pelos do braço de quem se aproximava. Mas por quê? Para entender esse fenômeno, é preciso conhecer a tecnologia por trás do funcionamento desses aparelhos. A tecnologia utilizada era o tubo de raios catódicos (CRT), que era o coração dos televisores e monitores antigos.
O CRT funcionava disparando partículas subatômicas carregadas sobre um material fosforescente, que emitia luz quando bombardeado. Esse processo era composto por quatro etapas principais: emissão de elétrons, aceleração dos elétrons, foco do feixe de elétrons e deflexão do feixe de elétrons. Um dos componentes mais importantes do CRT era o eletrodo cátodo, um filamento metálico aquecido a altíssimas temperaturas com a passagem de corrente elétrica.
Esse aquecimento fazia com que os elétrons do filamento adquirissem energia suficiente para se libertarem do material, em um efeito conhecido como termiônico. Além do filamento (cátodo), a estrutura central do CRT também tinha um eletrodo positivo (ânodo), e a diferença de potencial entre esses dois componentes gerava um campo eletromagnético muito intenso.
O Campo Eletromagnético e a Aceleração dos Elétrons
Ao passar por esse campo eletromagnético, os elétrons liberados no efeito termiônico eram acelerados, ganhando uma enorme quantidade de energia cinética, que era direcionada à tela dos televisores e monitores antigos. No entanto, arremessar essas partículas na tela fosforescente sem qualquer direcionamento iria apenas liberar energia em forma de luz no meio da tela, mas sem qualquer controle.
Por essa razão, o conjunto do CRT também contava com outros componentes importantes, como eletrodos de foco e bobinas defletoras. Enquanto os eletrodos de foco criavam campos elétricos para concentrar os feixes de elétrons, as bobinas defletoras ao redor do tubo controlavam a direção de cada feixe, varrendo toda a área da tela na vertical e horizontal.
A Formação da Imagem nos Televisores Antigos
De forma resumida, o processo completo para a formação da imagem consistia na combinação desses elementos para emitir, acelerar, concentrar e direcionar feixes de elétrons. Quando esses feixes atingiam a superfície fosforescente da tela, eles transferiam sua energia para os pixels, cada um de uma cor primária — vermelho, verde ou azul (RGB) —, que se iluminavam e criavam a imagem que víamos nos televisores e monitores antigos.
Fonte: @Tech Tudo
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