A companhia pode ser penalizada pelo novo modelo com impactos em ações, parcelamento de preços e sinistralidade.
A Hapvida sofreu uma forte queda nos preços dos papéis na sessão da terça-feira (17), pejada pela decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) de aprovar um relatório que previsse a revisão da política de preços dos planos de saúde. A queda foi de 11,67% e os papéis foram negociados por R$ 2,27.
A expectativa de mudanças na política de preços dos planos de saúde impulsionou a queda nos preços dos papéis da Hapvida, enquanto a Rede D’or sofreu uma queda de 3,94%, com os papéis sendo negociados por R$ 25,86. Este movimento de mercado recaiu na decisão da Agência Nacional de Saúde Suplementar de aprovar o relatório que visa alterar a política de preços dos planos de saúde suplementar, uma mudança que pode, efetivamente, afetar a saúde suplementar do país, revelando a importância da saúde suplementar na vida de muitos cidadãos.
Análise da Nova Proposta da ANS
A Hapvida poderia ser uma das principais vítimas da mudança de rumo da ANS (agência nacional de saúde suplementar), de acordo com os especialistas do BTG Pactual, Samuel Alves e Yan Cisquim. A companhia tem sinistralidade controlada e seus planos limitam ajustes nos preços para operadoras, o que poderia afetá-la negativamente. Além disso, a Hapvida tem uma parcela significativa de vendas de ações para planos de saúde pequenas e médias empresas, o que a torna vulnerável às novas regras que poderiam aumentar os custos e restringir a negociação de preços.
O documento preliminar apresentado pela agência nacional inclui regras mais rigorosas para os planos, como aumento na definição do tamanho do agrupamento e a criação de parâmetros para cláusula de reajuste e rescisão contratual, além de limites de cobrança de coparticipação e franquia. A análise apresentada pelos especialistas do BTG Pactual apontou que essas mudanças poderiam pressionar as empresas mais eficientes, tornando-as menos competitivas no mercado. Além disso, os especialistas consideraram o posicionamento da ANS ‘frustrante’, pois vinha apresentando um modelo mais pró-mercado e as mudanças implementadas poderiam causar problemas em toda a cadeia de saúde suplementar.
A criação de regras para o aumento de contratos coletivos e limites de cobrança de coparticipação e franquia poderia afetar negativamente a Hapvida, que tem uma grande parcela de vendas de ações para planos de saúde pequenas e médias empresas. Além disso, a mudança na definição do tamanho do agrupamento e a criação de parâmetros para cláusula de reajuste e rescisão contratual poderia restringir a negociação de preços e aumentar os custos para a empresa.
A Hapvida, junto com outras empresas de saúde suplementar, deve estar atenta às mudanças propostas pela ANS e avaliar como elas afetarão seus negócios. É importante lembrar que essas mudanças ainda dependem de discussões e negociações, mas é provável que elas tenham um impacto significativo no mercado de saúde suplementar.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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