Crise financeira leva novo CEO a reduzir previsão de crescimento em 2024, promovendo reestruturação organizacional para impulsionar crescimento orgânico e aumentar receita bruta, após problemas de tecnologia afetarem valor de mercado.
Após dois meses no comando da Nestlé, o novo CEO, Laurent Freixe, enfrenta um desafio significativo: reverter a crise de vendas que tem afetado a cotação das ações da multinacional de alimentos ao longo do ano. Neste cenário desafiador, Freixe aproveitou a divulgação dos resultados do terceiro trimestre, na última quinta-feira, 17 de outubro, para tranquilizar os investidores e garantir que a Nestlé não está quebrada.
Com o objetivo de impulsionar a recuperação da empresa, Freixe anunciou uma série de mudanças organizacionais que visam fortalecer a posição da Nestlé no mercado. Como um dos gigantes de alimentos mais influentes do mundo, a multinacional precisa se adaptar às mudanças no mercado e inovar para manter sua competitividade. A inovação é fundamental para o sucesso. Com essas mudanças, a empresa busca retomar o crescimento e consolidar sua posição como líder no setor de alimentos.
A Crise da Nestlé: Desafios e Perspectivas
A gigante de alimentos suíça, Nestlé, enfrenta um dos momentos mais difíceis de sua história de 158 anos. No terceiro trimestre de 2024, a empresa reportou um crescimento orgânico nas vendas de apenas 1,9%, bem abaixo dos 3,3% previstos pelos analistas. Isso afetou as ações da Nestlé, que abriram em queda de 2% no mercado europeu, mas se recuperaram no fim do dia para um aumento de 2,7%. No acumulado do ano, porém, o recuo é de 15%, sendo 8% desde que o novo CEO, Freixe, assumiu a empresa em agosto.
A Nestlé, líder mundial em alimentos, tem valor de mercado de US$ 260,73 bilhões (225,63 bilhões de francos suíços). No entanto, a receita bruta da multinacional recuou 1,5% no ano passado, para US$ 105,5 bilhões, ante US$ 107,1 bilhões no ano anterior. Além disso, a empresa enfrentou problemas de tecnologia e um escândalo de purificação de água na França, que levaram à queda do antigo CEO.
Um Novo Ciclo para a Nestlé
Freixe, que está na empresa desde 1986 e liderava a operação na América Latina antes de assumir a CEO, afirmou que a Nestlé vai iniciar um novo ciclo. Segundo ele, a percepção dos consumidores em todos os lugares, especialmente nos Estados Unidos, é que os preços dos alimentos estão altos. Isso foi a principal justificativa do executivo para a queda de vendas, o que o levou a revisar a previsão de crescimento da empresa em 2024, que começou em 4% ao ano, caiu para 3% quando o novo CEO assumiu e, agora, foi realinhada para 2%.
A estratégia anunciada por Freixe se dará em duas frentes. A primeira, visando a recuperar as vendas e sua participação no mercado global, envolve investir mais em marcas e promover menos inovações de produtos maiores. As mudanças incluem mais descontos e redução de preços para atrair compradores para seus produtos, que incluem chocolate KitKat, café Nescafé e ração Purina.
A segunda frente da estratégia é focar em melhorar a gestão e a eficiência da empresa. Freixe assegurou que não há ‘nada de errado’ com as 31 marcas ‘bilionárias’ da Nestlé, com vendas anuais superiores a 1 bilhão de francos suíços. ‘Temos uma pegada tremenda, somos mais globais e, de certa forma, os mais locais’, disse ele.
A Nestlé, como uma multinacional líder em alimentos, enfrenta desafios significativos, mas também tem oportunidades para crescer e se adaptar às mudanças do mercado. Com uma nova estratégia e uma liderança renovada, a empresa pode superar a crise atual e continuar a ser uma das principais empresas alimentícias do mundo.
Fonte: @ NEO FEED
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