Vítimas procuravam emprego no Brás e eram induzidas a comprar produtos com comissão, abrindo contas em pessoas jurídicas com promessas falsas de empresas de fachada na região central.
No centro de São Paulo, um esquema de lavagem de dinheiro milionário foi desmantelado, revelando um complexo caso de crime que começava com fraude e falsas promessas de emprego. A organização criminosa utilizava pessoas jurídicas de fachada para dar aparência de legalidade às suas atividades ilícitas.
Além disso, a organização também se financiava com a fabricação e venda de perfumes e cosméticos falsificados, um claro exemplo de estelionato. Os suspeitos usavam contas bancárias abertas em nome de laranjas cooptados na região central de São Paulo, notadamente no bairro do Brás, para ocultar a origem do dinheiro sujo. A fraude era tão sofisticada que envolvia uma rede de contas e transações que dificultavam a identificação dos verdadeiros responsáveis pelo crime.
Crime Organizado: Gaeco Denuncia 22 Pessoas por Lavagem de Dinheiro
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) denunciou 22 pessoas por participação em um esquema de lavagem de dinheiro obtido a partir da prática de estelionato. Os responsáveis pelas fraudes são investigados no âmbito da Operação Nian, deflagrada em outubro de 2023 pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) e pela Polícia Federal (PF).
O crime organizado utilizou contas abertas em nome de laranjas cooptados na região central de São Paulo, notadamente no bairro do Brás, para transferir valores para empresas de fachada vinculadas aos integrantes da organização criminosa. O objetivo era dissimular a origem ilícita dos recursos, angariados a partir de falsas promessas de emprego. As vítimas dos estelionatos eram induzidas a comprar produtos que deveriam ser revendidos para gerar direito a uma suposta comissão.
Quando as pessoas solicitavam o resgate desse montante, os criminosos interrompiam o contato. Com essa prática, os criminosos arrecadaram, por exemplo, cerca de R$ 4 milhões em apenas dois meses, de abril a junho de 2022. Esse delito foi cometido por meio de uma fraude bem elaborada, que envolvia a criação de empresas de fachada para ocultar a origem ilegal de capitais.
Empresas de Fachada e Perfumes Falsificados
Entre as falsas empresas usadas para ocultar a origem ilegal de capitais havia algumas registradas para o comércio de roupas, transporte de cargas e venda de armas. A organização era financiada também com a fabricação e venda de perfumes e cosméticos falsificados. Esse estelionato foi um dos principais meios de obtenção de recursos para a organização criminosa.
Segundo as investigações, um dos denunciados movimentou mais de R$ 23 milhões no período em que teve sigilo bancário quebrado. Outro utilizava um automóvel de luxo registrado em nome de uma das pessoas jurídicas. Esse crime organizado foi um exemplo de como o delito pode ser cometido de forma sofisticada, utilizando empresas de fachada e perfumes falsificados para ocultar a origem ilegal de capitais.
Fonte: @ Terra
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