Monstros: Irmãos Menendez retrata o crime dos irmãos Erik e Lyle, marcado por mentiras, traumas de infância e uma fortuna da família.
O caso dos irmãos Menendez, monstros que chocaram a nação americana na década de 90, voltou a ser tema de discussão após a série da Netflix “Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais”. Erik Menendez, um dos irmãos condenados pela morte dos pais, José e Kitty, emitiu um comunicado para reclamar da maneira como ele e o irmão, Lyle Menéndez, foram retratados na produção.
Para Erik, a série não reflete a realidade dos fatos e o retrata de forma injusta. Ele acredita que a produção o apresenta como um criminoso sem remorso, o que não é verdade. Além disso, ele afirma que a série não aborda as questões mais profundas do caso, como a violência doméstica e o abuso sofrido pelos irmãos. A verdade é que somos mais do que apenas assassinos, afirma Erik, que busca reverter a imagem negativa que a série criou sobre ele e seu irmão.
O Caso dos Irmãos Menendez: Um Monstro de Família
De acordo com a People, Erik Menendez expressou sua insatisfação com a série ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais’ em uma declaração publicada na página do Facebook de Lyle. Ele descreveu a produção como ‘ingênua e imprecisa’, afirmando que a série criou uma caricatura de Lyle baseada em ‘mentiras horríveis e descaradas’ espalhadas pela mídia. Erik acredita que essas representações foram feitas de propósito, com o objetivo de moldar uma narrativa terrível e vis sobre os irmãos.
Ele continuou, afirmando que a série da Netflix é uma ‘calúnia desanimadora’ que retrata os irmãos de forma desonesta, levando as verdades dolorosas sobre seus crimes para trás no tempo. Erik acredita que a série ignora o progresso feito em relação aos traumas de infância e ao sistema de crenças que afeta os homens que sofreram abuso sexual.
A Verdade por Trás do Crime
Os irmãos Lyle e Erik Menendez foram condenados, em 1996, pelo assassinato brutal de seus pais, José e Mary Louise. O crime aconteceu na noite de 20 de agosto de 1989, na mansão deles em Beverly Hills (EUA). Lyle, com 21 anos na época, e Erik, com 18, chegaram armados e dispararam mais de 12 vezes contra seus pais, utilizando espingardas calibre 12.
Logo após cometerem o assassinato, o primogênito acionou a emergência, relatando que ele e o irmão saíram de casa para irem ao cinema, mas ao retornarem se depararam com José e Mary mortos. Nos meses seguintes, a dupla gastou generosamente a fortuna da família, com Lyle comprando uma cafeteria e outros artigos de luxo, enquanto Erik contratou um treinador de tênis em tempo integral para se profissionalizar no esporte.
Entretanto, não demorou até que as investigações descobrissem a participação deles no crime. As autoridades encontraram gravações do terapeuta de ambos, um cartucho de espingarda encontrado no bolso da jaqueta de Lyle e um roteiro escrito por Erik em 1987, sobre um jovem de 18 anos que assassina os pais ricos por dinheiro. Diante das evidências, as autoridades confirmaram que os irmãos Menendez eram os verdadeiros monstros por trás do crime.
A Condenação e o Legado
Os irmãos Menendez foram condenados a prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional. A série ‘Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais’ reviveu o caso e trouxe à tona as questões sobre a justiça e a responsabilidade dos criminosos. Erik Menendez acredita que a série é uma representação desonesta de seus crimes e que a verdade não é suficiente para justificar a narrativa terrível e vis criada pela série. Ele agradeceu àqueles que o procuraram e apoiaram, mas também expressou sua tristeza em saber que a série pode ter minado décadas de progresso em relação aos traumas de infância.
Fonte: @ Hugo Gloss
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