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Petista defendeu diferenciação entre uso e tráfico de maconha, base na ciência, descriminalização, saúde pública e derivados da planta.
📲 Acompanhe o A10+ no Instagram, Facebook e Twitter. O ex-presidente Lula afirmou, na quarta-feira (26), que a regulamentação do uso de maconha no Brasil deve ser embasada em evidências científicas e não em interesses políticos.
Em suas declarações, Luiz Inácio Lula da Silva ressaltou a importância de um debate amplo e informado sobre o tema, destacando a necessidade de políticas públicas baseadas em dados concretos. Além disso, Lula enfatizou que a questão da maconha deve ser tratada com seriedade e responsabilidade, visando o bem-estar da sociedade como um todo.
Lula defende base na ciência para descriminalização da maconha
Em recente declaração, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, conhecido como Lula, criticou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de pautar a descriminalização da maconha para uso pessoal. Lula ressaltou a importância de embasar essa questão na ciência, questionando a falta de posicionamento da comunidade psiquiátrica e a ausência de um debate embasado em saúde pública. Ele enfatizou a crescente utilização de derivados da maconha em tratamentos médicos ao redor do mundo, destacando os benefícios terapêuticos que a substância pode oferecer, como no combate a doenças como Parkinson e Alzheimer.
Lula destaca importância da saúde pública na discussão sobre maconha
Para o ex-presidente, a decisão sobre o uso da maconha deve ser respaldada por evidências científicas sólidas, vindas de especialistas e organizações de saúde reconhecidas internacionalmente. Ele questionou a polarização existente no debate e defendeu a necessidade de uma abordagem mais fundamentada e orientada pela ciência. Lula ressaltou que a discussão sobre a descriminalização da maconha não deve se restringir ao âmbito penal, mas sim ser encarada como uma questão de saúde pública.
STF decide pela descriminalização da maconha para uso pessoal
Na última terça-feira, o Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu um julgamento que durou nove anos, decidindo pela descriminalização do porte de maconha para uso pessoal. Com essa decisão, o ato de portar maconha deixa de ser considerado crime, passando a ser uma infração administrativa. No entanto, o consumo público da droga permanece proibido. Lula destacou a importância de diferenciar usuários de traficantes e defendeu a necessidade de regulamentação por meio do Congresso Nacional.
Lula critica debate sobre maconha no STF e defende papel do Congresso
O ex-presidente Lula fez críticas à discussão da descriminalização da maconha no STF, sugerindo que o tema deveria ser tratado pelo Congresso Nacional. Ele ressaltou que a Lei nº 11.343/2006 já prevê a não prisão de usuários, e questionou a pertinência da Suprema Corte em abordar questões que, em sua visão, não são de sua competência. Lula enfatizou a importância de se evitar disputas de poder entre os poderes e defendeu uma atuação mais focada da Suprema Corte em questões constitucionais.
Decisão do STF gera debate sobre competências entre poderes
Após a decisão do STF, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, levantou questionamentos sobre a invasão de competências técnicas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e legislativas do Congresso. Essa discussão reforça a importância de um debate amplo e embasado sobre a questão da maconha, envolvendo diferentes esferas de poder e considerando os aspectos legais, científicos e de saúde pública envolvidos. Lula, por sua vez, reiterou a necessidade de uma abordagem fundamentada na ciência e na busca por soluções que atendam aos interesses da sociedade como um todo.
Fonte: © A10 Mais
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