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Novo boletim da água: 667 casos de enchentes atingiram vítimas do sexo masculino, 10 surtos de diarreia aguda já foram passados.
O número de mortes por leptospirose relacionadas às enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul subiu para 19 e os casos passaram de 300, segundo novo boletim da Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul divulgado na noite desta segunda-feira, 17. O balanço da pasta informa que foram registradas 5.343 notificações da leptospirose e 302 casos já foram confirmados.
A leptospirose é uma doença bacteriana grave causada pela bactéria Leptospira. A infecção bacteriana pode ocorrer através do contato com água ou lama contaminada, sendo importante manter a higiene e evitar locais propícios para a proliferação da bactéria. A prevenção da leptospirose é fundamental para evitar novos casos da doença e proteger a população.
Leptospirose: Infecção Bacteriana Relacionada a Enchentes
A leptospirose, uma doença bacteriana transmitida pelo contato com água contaminada por urina de animais, tem sido motivo de preocupação devido aos recentes casos registrados. O boletim da saúde revela que, além dos óbitos em investigação, houve uma morte confirmada por leptospirose que não está ligada aos alagamentos.
Em meio às estatísticas alarmantes, o Ministério da Saúde estima que os casos de infecção por leptospirose podem chegar a 1.600, evidenciando a gravidade da situação. As cidades atingidas pelas mortes relacionadas à doença bacteriana incluem Porto Alegre, Alvorada, Alecrim, Cachoeirinha, Canoas, Charqueadas, Encantado, Novo Hamburgo, Pelotas, Rio Grande, São Leopoldo, Sapucaia do Sul, Travesseiro, Três Coroas, Venâncio Aires e Viamão.
Os pacientes afetados, na maioria do sexo masculino e com idades entre 30 e 79 anos, enfrentaram os sintomas devastadores da leptospirose. Entre eles, oito mortes ocorreram em indivíduos com idades entre 50 e 59 anos, conforme os dados coletados entre 26 de abril e 17 de junho.
Além das tristes estatísticas de óbitos, outras complicações de saúde surgiram em decorrência das enchentes. Entre elas, destacam-se um caso de tétano acidental, um de hepatite A, 2.163 acidentes antirrábicos com cães e gatos, 175 com outros animais, 667 acidentes com animais peçonhentos e dez surtos de diarreia aguda.
A leptospirose fez sua primeira vítima relacionada aos alagamentos no Rio Grande do Sul, com a confirmação de um homem de 67 anos de Travesseiro. A doença já havia sido diagnosticada em 129 casos e seis óbitos até 19 de abril deste ano, enquanto no ano passado foram registrados 477 casos e 25 mortes.
Causada pela bactéria leptospira, a leptospirose é uma infecção bacteriana que requer atenção devido à sua forma de transmissão. O contato direto com a urina de animais infectados ou com água contaminada, comum em enchentes, é o principal meio de contágio. Os sintomas podem surgir entre 5 e 14 dias após a exposição, sendo fundamental buscar ajuda médica ao apresentar febre, dores no corpo e na cabeça, fraqueza e calafrios.
A prevenção da leptospirose envolve cuidados especiais, principalmente após enchentes, para evitar a propagação da bactéria no ambiente. A conscientização sobre os riscos e a adoção de medidas de higiene são essenciais para proteger a população e reduzir a incidência dessa doença bacteriana grave.
Fonte: @ Veja Abril
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