Especialização em justiça social no SUS para 800 pessoas.
A equidade é um conceito fundamental na gestão do trabalho e da educação no SUS, pois busca promover a igualdade de oportunidades e tratamento para todos os indivíduos. Na quarta-feira (19), foi realizada a cerimônia de abertura e aula inaugural do Curso de Especialização e Aprimoramento em Equidade na Gestão do Trabalho e da Educação no SUS, que formará 800 pessoas para a implementação de estratégias de justiça social no trabalho na saúde. A equidade é essencial para garantir que todos os profissionais de saúde tenham as mesmas oportunidades de desenvolvimento e crescimento.
A implementação de estratégias de justiça social no trabalho na saúde é fundamental para promover a paridade e a imparcialidade em todos os níveis da gestão. A equidade é um princípio que deve ser aplicado em todas as decisões e ações, garantindo que todos os indivíduos sejam tratados de forma justa e igualitária. Além disso, a equidade é essencial para promover a inclusão e a diversidade no trabalho na saúde, garantindo que todos os profissionais sejam valorizados e respeitados. A igualdade é um direito fundamental e a equidade é um passo importante para alcançá-la. A justiça social é um objetivo que deve ser perseguido por todos os profissionais de saúde, e a equidade é um princípio que deve ser aplicado em todas as ações e decisões.
Introdução à Equidade
A realização da solenidade na sede do Ministério da Saúde, em Brasília, com transmissão ao vivo, marcou um momento histórico ao inserir a discussão sobre desigualdades e violências nas diversas esferas de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS), com foco na promoção da equidade. O secretário adjunto da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (Saps), Jerzey Timoteo, destacou a importância da equidade na pauta, ressaltando que não se pode alcançar universalidade e integralidade sem ela, e que essa temática é frequentemente esquecida ou subestimada nos debates sobre o SUS, onde a igualdade e a justiça social devem ser priorizadas. A equidade é fundamental para garantir a imparcialidade e a paridade no acesso aos serviços de saúde.
A formação do curso é um compromisso inegociável com a equidade, visando romper as barreiras que impedem o SUS de ser realmente equânime e justo, promovendo a igualdade e a justiça social. A qualificação foi concebida e será ministrada 100% por mulheres mestras e doutoras, negras, brancas, indígenas e trans, refletindo a pluralidade que precisa ser fortalecida no SUS, com foco na equidade e na gestão do trabalho. A coordenadora de Projetos de Responsabilidade Social do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (HAOC), Camila Tavares, reforçou que a jornada de construção desse curso iniciou em 2023 e foi fruto de um trabalho coletivo conduzido majoritariamente por mulheres, visando promover a equidade e a igualdade no SUS.
Equidade e Saúde Mental
Durante a aula de abertura, que discutiu a relação entre equidade e saúde mental, com destaque para as violências no ambiente de trabalho, a professora Jeane Tavares, docente da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), instigou os participantes a refletir sobre as dificuldades enfrentadas por populações vulnerabilizadas e a compreender como desigualdades sociais afetam diretamente o acesso e a qualidade dos serviços de saúde, onde a equidade é fundamental. A professora ressaltou que os princípios do SUS não podem ser plenamente efetivados sem a compreensão e a promoção da equidade, refletindo que ‘priorizar quem tem menos, quem está em condições de maior vulnerabilidade é promover equidade’, garantindo a igualdade e a justiça social. Além disso, a equidade na gestão do trabalho e a justiça social são essenciais para promover a saúde mental dos trabalhadores do sistema público de saúde.
Também foi enfatizado pela pesquisadora como desigualdades raciais, de gênero e socioeconômicas se refletem na saúde mental de trabalhadores do sistema público de saúde, onde a equidade é fundamental para garantir a imparcialidade e a paridade. A pressão por metas, assédio e condições precárias também foram apontados por Jeane como fatores que desgastam a saúde mental das trabalhadoras, onde a equidade e a igualdade são essenciais. Ela alertou sobre o aumento das violências simbólicas e estruturais, especialmente contra mulheres negras, indígenas e trans, e que, para mudar, é preciso educação e luta coletiva, promovendo a equidade e a justiça social. O curso integra o Programa Nacional de Equidade de Gênero, Raça, Etnia e Valorização das Trabalhadoras do SUS, e é fruto de uma parceria entre o Ministério da Saúde e outras instituições, visando promover a equidade e a igualdade no SUS, com foco na gestão do trabalho e na justiça social.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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