Representante do Sudeste no Climate Justice Camp, na Tanzânia, luta por justiça climática em meio à crise, defendendo comunidades vulneráveis na periferia urbana e promovendo formação e conscientização sobre o ambiente.
O evento é mais um passo importante na preparação de jovens brasileiros das periferias para que eles possam garantir uma participação efetiva na COP 30, que será realizada no Brasil em 2025. É fundamental que esses jovens estejam preparados para discutir os problemas climáticos que afetam suas comunidades de forma mais intensa, pois a periferia é uma das regiões mais vulneráveis às mudanças climáticas. A conscientização sobre o meio ambiente é essencial para o futuro do planeta.
Mateus Fernandes é um exemplo de liderança nessa área, acumulando e disseminando conhecimento sobre a relação entre periferia e meio ambiente. Sua atuação é fundamental para inspirar outros jovens a se envolverem em ações que promovam a sustentabilidade e a preservação da natureza. Além disso, é importante lembrar que a ecologia e o ecossistema são fundamentais para o equilíbrio do meio ambiente, e que a periferia tem um papel importante a desempenhar nesse contexto. A união de esforços é essencial para proteger o meio ambiente e garantir um futuro sustentável.
Um Ativista Climático da Periferia
Mateus Fernandes, um jovem de 24 anos, nasceu e cresceu na região de Taboão, uma área periférica de Guarulhos, São Paulo. Ele representa sua comunidade e o Sudeste brasileiro na Climate Justice Camp, um evento internacional que reúne jovens ativistas de todo o mundo para combater a crise climática. O evento, realizado na Tanzânia entre 8 e 12 de outubro, visa desenvolver estratégias que promovam ações climáticas focadas nas necessidades de comunidades vulneráveis.
Mateus se tornou ativista climático por necessidade, ao perceber que as pessoas não relacionavam a favela com o meio ambiente. Ele acredita que a falta de saneamento básico, alagamentos e outros direitos negados são problemas que afetam diretamente a comunidade e o meio ambiente. Ele pretende aprofundar essa relação na Tanzânia e no Brasil, quando voltar, e trabalhar para garantir a participação efetiva das favelas na COP 30.
Desafios na Comunicação sobre Meio Ambiente e Periferia
Mateus acredita que um dos principais erros na comunicação sobre meio ambiente e periferia é achar que são coisas diferentes. Ele afirma que a linguagem é diferente e que é preciso conhecer a realidade da periferia para comunicar de forma eficaz. Além disso, ele destaca que a periferia não é apenas urbana, mas também rural, e que é preciso considerar as diferentes realidades regionais.
Ele também destaca a importância de incluir a perspectiva da ecologia e da natureza na discussão sobre meio ambiente e periferia. ‘A gente precisa entender que o meio ambiente não é apenas uma questão de preservação, mas também de justiça social’, afirma.
Expectativas sobre a Participação das Favelas na COP 30
Mateus tem expectativas mistas sobre a participação das favelas na COP 30. Ele acredita que pode ser um grande sucesso ou um grande fracasso, dependendo da participação ativa da sociedade civil. Ele destaca que a periferia corre o risco de ser excluída da COP 30, a menos que as organizações periféricas e os povos de matriz africana sejam incluídos na discussão.
Ele também destaca a importância de incluir a perspectiva do ecossistema e da crise climática na discussão sobre meio ambiente e periferia. ‘A gente precisa entender que a crise climática é uma questão de justiça social e que as comunidades vulneráveis são as mais afetadas’, afirma.
Mateus vai à África a convite do Greenpeace Brasil, para quem produz conteúdo. Ele esteve na COP 28, em Dubai, e na Climate Week, em Nova York. Na Tanzânia, seu foco em duas palestras é como criar pressão política sobre meio ambiente, denunciando e cobrando ações.
Fonte: @ Terra
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