André Lima fala sobre conotação política das mudanças climáticas globais, seca atípica, desmatamento ilegal e queimadas na região.
O secretário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, André Lima, destacou que a Amazônia enfrenta um desafio significativo em relação aos incêndios florestais, que, segundo ele, têm uma conotação política em parte dos casos registrados nos últimos dias.
André Lima enfatizou que a região amazônica é um ecossistema frágil e que os incêndios podem ter consequências devastadoras para a floresta e a biodiversidade local. Além disso, ele ressaltou que a selva amazônica é um patrimônio natural que precisa ser protegido e preservado para as gerações futuras. A Amazônia é um tesouro nacional e é fundamental que sejam tomadas medidas eficazes para combater os incêndios e promover a sustentabilidade na região.
A Amazônia em Chamas: Desafios e Consequências
O secretário de Meio Ambiente, Lima, foi entrevistado no Programa Natureza Viva, transmitido pela Rádio Nacional, uma emissora da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), no último domingo (22). Durante a entrevista, conduzida pela jornalista Mara Régia, Lima destacou que as queimadas na região amazônica neste ano foram agravadas por fenômenos climáticos atípicos e a ação criminosa de pessoas com ‘conotação política‘, em resposta às medidas adotadas pelo atual governo para combater o desmatamento ilegal no país.
Segundo Lima, a intensificação do desmatamento no Cerrado e na Amazônia também agravou a situação, diminuindo a umidade do ar e atrasando o período chuvoso. ‘Uma coisa é prever um ano seco. Outra coisa é prever um ano extremamente seco. É o maior ano de seca nos últimos 60 anos na Amazônia, nesse grau que a gente está vendo, não só de baixa umidade, de praticamente zero de chuva e de alta de calor. São três elementos simultaneamente agindo sobre a Amazônia, num momento em que não era mais para ser assim’, disse.
Desmatamento Ilegal e Mudanças Climáticas Globais
O secretário também destacou que o país vive uma seca atípica em função das mudanças climáticas globais, como o aquecimento do Oceano Atlântico, que era um fenômeno de menor intensidade nos anos anteriores. Além disso, a ação criminosa de pessoas com ‘conotação política’ também contribuiu para as queimadas na região. ‘Tem, inclusive, incêndio que a gente imagina que possa ter conotação política. É uma reação de parte da sociedade que não se conforma, que não se enxergou dentro da sustentabilidade’, afirmou.
Lima também fez um apelo para os moradores da Amazônia evitarem a queima de lixo neste período de seca. ‘Tem toda essa agenda do crime. Vamos dizer que metade do problema é incêndio criminoso, de gente que está se beneficiando dolosamente da ocupação do solo. Uma outra parte é de gente que está usando o fogo porque precisa queimar uma roça e não tem trator, quem está queimando lixo na beira da estrada porque não existe saneamento básico’, completou.
O Programa Natureza Viva vai ao ar todos os domingos, às 9h, na Rádio Nacional da Amazônia e na Rádio Nacional AM de Brasília, abordando temas relacionados à preservação da floresta e da selva, bem como as consequências das mudanças climáticas globais na região amazônica.
Fonte: @ Agencia Brasil
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