Saldo do Dia: Índice de pontos baixa, tipo de cenário de mercado de risco, volume de negociações em baixa, juros em alta e futuros desvalorizados.
No início de 2023, o mercado de ações estava em alta, e muitos investidores estavam apostando que o índice Ibovespa alcançaria pelo menos 140 mil pontos até dezembro do mesmo ano. No entanto, após uma série de quedas ao longo dos últimos 12 meses, o índice está prestes a encerrar o ano com uma queda de 10%.
Agora, em meio a uma incerteza no mercado, alguns analistas estão questionando se o índice conseguirá recuperar o terreno perdido. Eles destacam que o mercado de ações é altamente volátil e que os investidores precisam estar preparados para de pontos em pontos. Além disso, o mercado de ações está sendo influenciado por fatores externos, como a inflação e a política econômica, o que pode afetar o desempenho do índice. Mas, por outro lado, é importante lembrar que o índice Ibovespa é uma medida do desempenho do mercado de ações e que os investidores precisam estar atentos às ações de empresas que estão atraindo a atenção do mercado.
Índice aqui; O cenário apontado para o mercado de ações
Às vésperas do Natal, o apetite a risco entrou em decadência e pode não voltar ao normal tão cedo. No Boletim Focus desta segunda-feira (23), os economistas revisaram mais uma vez as projeções para inflação, juros e dólar subiram mais uma vez. Esse tipo de cenário mantém o caminho aberto para um período de bolsa deixada de lado, marcado por uma forte presença do indicador Índice aqui;, que escorregou de volta aos 120.767 pontos, cedendo 1,09%. As perdas no ano agora são de 10% e a variação mensal ficou negativa em 3,90%.
Em termos de volume de negociações, o movimento de R$ 15,1 bilhões, ligeiramente abaixo da média de R$ 16,3 bilhões dos últimos 12 meses. Alguns dos fatores externos que explicam a desvalorizações dos ativos brasileiros, está também a bomba que o Banco Central americano (Federal Reserve) jogou no mercado na semana passada, quando anunciou que os juros devem ficar mais altos do que havia sido ventilado em reunião anterior. ‘As projeções de taxas de juros altas por mais tempo, com inflação mais elevada e precificação de apenas dois cortes em 2025, trouxeram volatilidade para os ativos de risco e mais força para o dólar, que tem ainda mais força em relação ao real do que a outras moedas, graças aos riscos fiscais domésticos’, explica Paula Zogbi, gerente de Research e head de conteúdo da Nomad.
Além das questões internas, como política fiscal expansionista, inflação e juros altos, o movimento nos Estados Unidos também ajudou a fortalecer o dólar hoje. A moeda americana voltou a subir 1,87% nesta segunda-feira, fechando a R$ 6,19 praticamente recuperando as perdas da sexta-feira. Nem R$ 16,8 bilhões em leilões foram capazes de evitar que o dólar comercial avançasse 3% em dezembro. No ano, a valorização da divisa ante o real já chega a 27,5%. ‘Taxas de juros em patamares elevados atraem capital para ativos mais seguros, como a renda fixa americana.Também desestimulam a atividade econômica e encarecem as dívidas das empresas, diminuindo o valor considerado justo para as ações da bolsa. As projeções também fortalecem o dólar pela diminuição do diferencial de juros entre Brasil e Estados Unidos’, completa Zogbi.
E se as taxas sobem nos Estados Unidos, nossos papéis acompanham o movimento. Este é mais um gatilho para que os juros futuros, dos contratos de Depósito Interbancário (DI) dos próximos dez anos sigam crescendo. Os momentos de respiro no mercado brasileiro duram pouco. Na sexta, os juros da curva de dez anos haviam se retraído para abaixo dos 15%, mas agora já voltam a esse patamar em alguns contratos. A Taxa de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2026 saiu de 14,94% para 15,22% ao ano. Prêmios em contratos de curto prazo estão mais ligados às expectativas dos investidores para a Selic.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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