Principal índice acionário cai 11% em junho, mas Brasil volta ao radar com corte de taxas nos EUA.
A atratividade da bolsa brasileira voltou pelo mesmo motivo que havia sido deixada de lado durante o primeiro semestre do ano: os juros nos Estados Unidos. O Ibovespa, nosso principal índice acionário, atingiu a máxima, ultrapassando os 133 mil pontos, pouco menos de dois meses após ter atingido o ponto mais baixo.
Com a recuperação do Ibovespa, o mercado de ações brasileiro demonstra sinais de otimismo. O índice de ações reflete a confiança dos investidores e a retomada da economia, trazendo esperança para o cenário acionário nacional.
Índice de ações em alta: Ibovespa marca 133.318 pontos
O Ibovespa, principal índice acionário do Brasil, teve uma reviravolta impressionante, saindo de uma queda acumulada de 11% para um avanço de 4,44% no mês e uma redução das perdas anuais para 0,65%. A mudança de cenário se deu quando as esperanças de um corte nas taxas de juros nos Estados Unidos se fortaleceram, levando a um afrouxamento monetário que beneficiou mercados mais arriscados, como o brasileiro. A quarta-feira foi marcada por um fechamento histórico, com o Ibovespa atingindo 133.318 pontos após uma alta de 0,69%, completando sua sétima sessão consecutiva de ganhos.
Impacto do mercado externo no Ibovespa
O ano começou com grande otimismo em relação ao mercado, com expectativas de cortes de juros já em março. No entanto, a forte economia americana e a postura cautelosa do Federal Reserve adiaram essas expectativas, levando a uma aversão ao risco e uma fuga de investimentos para ativos mais seguros. Isso resultou em uma saída de dólares do mercado brasileiro, quase zerando o saldo positivo do ano. A preferência por títulos americanos de alta rentabilidade também afetou a liquidez das ações locais, com o volume de negociações na bolsa sofrendo uma queda significativa.
Desafios cambiais e fiscais
A valorização do dólar em relação ao real, impulsionada pela saída de capitais e pelo risco fiscal, teve um impacto significativo na economia brasileira. Apesar de uma recuperação em agosto, o dólar comercial ainda está 12,7% mais caro do que no início do ano. As operações de carry-trade também influenciaram a volatilidade cambial, com o dólar fechando o dia a R$ 5,47 após seis sessões de queda. Além disso, os juros no Brasil foram afetados pelas taxas americanas, com a curva de juros apresentando uma leve alta devido ao cenário fiscal e às expectativas de inflação.
Expectativas para o mercado financeiro
O pregão de hoje foi impulsionado por fatores externos, como a inflação nos Estados Unidos, que tranquilizou os investidores e reforçou a possibilidade de um corte de juros no país. As taxas de Depósito Interfinanceiro (DI) também tiveram um leve aumento, refletindo as incertezas fiscais e inflacionárias no Brasil. Os investidores continuam atentos às movimentações do mercado e às decisões dos bancos centrais, buscando oportunidades em meio à volatilidade global.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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