O sobrinho de Genivaldo, Walison de Jesus Santos, presenciou a abordagem de seu tio por ex-agentes da Polícia Rodoviária Federal, em uma atuação plenamente inusitada, considerando a condição psicológica do homem, que se encontrava em defesa dos réus, com um posicionamento firme da acusação.
Na data de 26 de janeiro de 2024, entrou em pauta na justiça a polêmica morte de Genivaldo de Jesus Santos, que ocorreu em 2022, e envolveu a Polícia Rodoviária Federal na cidade de Umbaúba, a cerca de 101 km de Aracaju, capital do estado da Bahia.
O julgamento dos três ex-agentes da PRF que são acusados de participação na morte de Genivaldo de Jesus Santos, que foi asfixiado durante uma ação policial naquele local, teve início em 26 de janeiro de 2024. A ocorrência, que gerou grande repercussão nacional e internacional, aconteceu em 2022. A morte, que foi classificada como homicídio, gerou reflexos significativos na comunidade e gerou questionamentos sobre a conduta da Polícia Rodoviária Federal nessa situação específica. A tragédia, que resultou na morte de Genivaldo de Jesus Santos, é um dos casos mais notórios de violência policial nos últimos anos no Brasil e trouxe à tona a necessidade de reavaliação das políticas de segurança pública no país.
Morte em Conflito: Um Veredicto Pendente
Os ex-policiais Paulo Rodolpho Lima Nascimento, Kléber Nascimento Freitas e William de Barros Noia enfrentam acusações graves, envolvendo morte e assassinato, com a morte do homem sendo altamente qualificada. A prisão dos acusados ocorreu em 14 de outubro de 2022, e desde então, eles permanecem detidos, esperando por um julgamento que promete esclarecer a verdade sobre os fatos. O advogado Glover Castro, responsável pela defesa de William, alega que não houve intenção de cometer um crime de morte, enquanto o advogado José Rawlinson Ferraz Filho, responsável pela defesa de Paulo Rodolpho, afirma que a prisão do seu cliente é uma grave injustiça. A defesa de Kléber Freitas, representada pelo advogado Carlos Barros, assegura que o julgamento será o momento de esclarecer a verdade e que a atuação do seu cliente esteve plenamente alinhada com as suas funções como policial.
Durante o julgamento, o sobrinho da vítima, Walison de Jesus Santos, testemunhou, relançando a carga emocional da experiência. Ele limitou-se a responder aos questionamentos relacionados às imagens mostradas pela defesa, e sua afirmação de que houve violência pelos agentes da PRF, sem poder detalhar quando e quem foram as pessoas que sofreram violência, marcou um ponto de inflexão na investigação. O Tribunal do Júri, previsto para durar de seis a sete dias, contará com o depoimento de 15 testemunhas, incluindo cinco peritos, além dos réus e dos advogados de defesa.
A defesa dos réus questionou a quantidade de testemunhas de acusação, alegando que isso pode prejudicar o julgamento e lesionar o princípio da isonomia. No entanto, a acusação discordou da tese da defesa, justificando que os réus são três e respondem pelo mesmo fato, e que as testemunhas de acusação poderão ser questionadas por ambos os lados. A expectativa é que a viúva de Genivaldo Santos, Maria Fabiana dos Santos Estevão, e a irmã da vítima Damarise de Jesus Santos prestem depoimento ainda na terça-feira, marcando o início de um novo capítulo na busca pela justiça para a família da vítima.
A defesa dos réus, representada por advogados experientes, buscou esclarecer a inocência de seus clientes, enquanto a acusação, liderada pela advogada Monalisa Matos, focou em esclarecer a responsabilidade dos réus pelos crimes cometidos. O julgamento marca o fim de uma longa espera para a família da vítima, que busca justiça para a morte de Genivaldo Santos. A expectativa é que o veredicto seja um passo importante para o fechamento de um capítulo doloroso na história da comunidade.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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