Após dois anos de desempenho abaixo do CDI, gestores de fundos buscam convencer investidores a retornar, em meio a novas altas da Selic.
Quando a poeira está baixa é que se vê quem é expert e quem monta um XP. Na Expert XP deste ano, os experts continuam na liderança. Ótima notícia para quem confia neles.
Ao participar de um evento como a Expert XP, é possível observar de perto as tendências do mercado financeiro. Os investidores que acompanham de perto essas movimentações têm mais chances de obter sucesso em suas estratégias de investimentos.
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Mas a questão principal para os profissionais desse setor hoje é como transformar essa corrida e, assim, proteger suas taxas de performances. A renda fixa, como a poeira, está baixa, mas resiliente. Ela não tem arranque, mas possui força. Mantém uma entrega consistente, apesar das incertezas e das constantes adversidades no Brasil. Por outro lado, a renda variável brasileira é comparável a um cavalo manco. Tem arranque e potencial de performance, deveria percorrer distâncias a um ritmo médio maior que o da renda fixa. No entanto, ela está longe de sua capacidade e não tem fôlego para trajetos longos. Pior ainda, diante de qualquer obstáculo, cai.
O ‘otimismo cauteloso’ nos discursos do passado evoluiu para um ‘fatalismo sereno’ nos dias de hoje. Há dois anos, com dificuldades para competir numa pista sem visibilidade e com um cavalo mal alimentado, os gestores foram assombrados pelos resultados da ‘janela ruim’ na Expert XP deste ano. As perguntas que chegavam até eles pareciam mais enigmas – algo com o qual já estão acostumados. ‘A bolsa vai subir ou vai cair?’, questionavam os assessores de investimentos, demonstrando avidez por levar mensagens de esperança aos clientes. ‘A Selic vai subir mesmo agora em setembro? Em que patamar a taxa ficará?’
Os gestores sabem que não retomarão a captação antes das projeções de melhora do mercado com o corte dos juros nos Estados Unidos se concretizarem. Primeiro haverá uma recuperação de performance, e só então a captação será retomada. Os investidores estão inflexíveis agora, em um ambiente de Selic voltando a subir. ‘E está tudo bem. A recuperação da captação vai acontecer. Talvez não nos próximos seis meses. Talvez nem no próximo ano.’
Há 12 meses, naquele mesmo pavilhão, pelos mesmos corredores, a tensão disfarçada pelos sorrisos fazia mais em contrário, ressaltando as testas franzidas. ‘Vale a pena investir em bolsa no Brasil’, sussurravam entre dentes na Expert do ano passado. ‘As ações estão muito baratas. Só pode subir daqui’. Parecia haver mais torcida do que convicção na mensagem ecoando pelos corredores. No entanto, em setembro de 2023, o Ibovespa estava nos 115 mil pontos.
Aqueles que seguiram os conselhos do ano anterior tiveram uma janela com 17% de alta no Ibovespa para aproveitar ao longo desses 12 meses. Com recordes renovados no índice e a oportunidade de surfar nessa onda, mesmo com os desafios. ‘Antes não conseguíamos identificar tendências. Havia muitas incertezas, e os mercados estavam altamente correlacionados, todos dependentes do corte de juros americano. Agora, começamos a enxergar tendências. O mercado está mais favorável para os fundos. Ou seja, está mais fácil apresentar nossas projeções para os assessores de investimento aqui na.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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