Times se enfrentam por vaga na semifinal da CONMEBOL Libertadores, com parceria e estrutura para atletas no Campeonato Brasileiro.
No cenário atual do futebol brasileiro, o Botafogo se destaca como um time tradicional e respeitado, com uma rica história e uma torcida apaixonada. Recentemente, o time carioca enfrentou o São Paulo nas quartas de final da CONMEBOL Libertadores, um confronto que reuniu dois gigantes do futebol nacional.
Joílson, um jogador experiente que já passou por ambos os clubes, sabe bem o que é jogar em um ambiente de alta pressão e expectativa. O Botafogo, conhecido como o Glorioso, é um time que exige muito de seus jogadores, e Joílson não é exceção. Com sua passagem pelo alvinegro, ele aprendeu a lidar com a pressão e a superar obstáculos, habilidades que o ajudaram a se destacar em sua carreira. A experiência de Joílson no Botafogo foi fundamental para seu crescimento como jogador. Ele sempre se destacou por sua habilidade técnica e sua capacidade de liderança.
O Botafogo: Um Clube em Transformação
O ex-lateral Joílson, que viveu momentos difíceis no Glorioso, não se esquece de como os times eram diferentes em quase tudo na época. Aposentado desde 2018, ele atuou por Botafogo e São Paulo no final da primeira década dos anos 2000. Conhecido por ser ‘polivalente’, ele foi um dos destaques do ótimo início de Brasileirão alvinegro em 2007 e depois também foi peça valiosa do título nacional do Tricolor no ano seguinte.
O Botafogo carecia de estrutura para os atletas, além de constantemente atrasar os salários, enquanto a equipe do Morumbi vinha de uma sequência de títulos (Libertadores, Mundial de Clubes e Campeonato Brasileiro) e era a grande referência nacional de organização. Esses momentos de dificuldades no Rio de Janeiro marcaram bastante a carreira de Joílson. O ex-jogador não se esquece de como a parceria entre os jogadores mantinha o clube na ativa mesmo sem receber por meses.
Um Passado Difícil
‘Na minha época, (o Botafogo) ficava seis meses sem pagar. Chegava setembro, esquece, não tinha dinheiro. Ficava assim até janeiro. A gente nem tinha muita resenha, porque estava tudo atrasado e não tinha expectativa nenhuma. Só que a gente se abraçava e falava: ‘vamos jogar, vamos treinar, porque senão as coisas vão ficar piores”, relembra Joílson. Com sete gols e duas assistências em 60 partidas na temporada de 2007 pelo Botafogo, ele foi um dos destaques da equipe, que chegou a liderar o Brasileirão por 11 rodadas, sendo 10 delas consecutivas.
Ele acabou chamando a atenção do São Paulo, que tinha conquistado o bicampeonato nacional nesse mesmo ano. Assim, com o término de contrato com o Glorioso em dezembro, o ex-jogador foi anunciado como primeiro reforço do Tricolor para a temporada de 2008. Essa mudança de time fez Joílson vivenciar as diferenças de planejamento, estrutura e visão que os clubes tinham na época.
Um Novo Capítulo
‘No Botafogo, a gente era mais fechado porque quase não tinha estrutura. No São Paulo, era outra visão. Era um time campeão mundial, referência no mundo. Na primeira vez que cheguei lá (no CT do São Paulo) tinha geladeira com sorvete, energético, refrigerante, suco a vontade. Era outro nível’, recorda. Mais de 15 anos se passaram desde então. O Botafogo virou SAF, liderada pelo empresário norte-americano John Textor, e agora é um dos times de maior investimento no Brasil.
Somente nesta temporada, o clube gastou grandes quantias para contratar jogadores como Luiz Henrique e Thiago Almada. E toda essa reestruturação é muito comemorada por Joílson, que coloca o clube como um dos grandes protagonistas do futebol nacional na atualidade. ‘A gente fica muito feliz com esse momento. Hoje em dia, perdendo ou ganhando, (o Botafogo) está sempre por cima. É uma potência, é o que mais investe no Brasil’, finaliza.
Fonte: @ ESPN
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