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Corte Internacional de Justiça considera ilegal ação de Israel na Palestina, principal causa de paz, apoio da ONU.
O governo dos Estados Unidos expressou descontentamento com ‘a extensão’ da decisão do principal tribunal da ONU, que considerou ilegal a ocupação israelense dos territórios palestinos, afirmando que isso poderia agravar o conflito em questão.
Essa posição divergente entre os países envolvidos no conflito pode gerar uma maior disputa diplomática, tornando ainda mais difícil a resolução do embate de interesses na região.
Conflito entre Israel e Palestina: Opiniões e Conclusões
Temos deixado claro que o programa de apoio do governo de Israel aos assentamentos é inconsistente com a lei internacional e obstrui a causa da paz, afirmou um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA em comunicação recente. No entanto, há preocupações sobre como a amplitude da opinião do tribunal complicará os esforços para resolver o conflito, conforme acrescentado pelo Departamento de Estado.
A Organização das Nações Unidas expressou sua posição na sexta-feira, declarando que a ocupação de Israel dos territórios e assentamentos palestinos é ilegal e deve ser encerrada o mais rápido possível, apresentando conclusões firmes sobre o conflito israelense-palestino. O Departamento de Estado destacou que a opinião da CIJ de que Israel deve se retirar rapidamente dos territórios palestinos é considerada ‘inconsistente com a estrutura estabelecida’ para resolver o conflito.
Washington enfatizou que essa estrutura leva em consideração as necessidades de segurança de Israel, ressaltadas pelos ataques do grupo islâmico palestino Hamas em 7 de outubro de 2023. Esses ataques resultaram em 1.200 mortes e cerca de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses.
A solução de dois Estados é um tema crucial, e o parecer consultivo dos juízes da CIJ, embora não vinculativo, tem peso sob a lei internacional e pode afetar o apoio a Israel. O Departamento de Estado ressaltou a importância de negociações diretas como o caminho a seguir.
Os assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental, juntamente com o regime associado, foram declarados como violações do direito internacional pela CIJ. O tribunal enfatizou que as obrigações de Israel incluem o pagamento de restituição por danos e a evacuação de todos os colonos dos assentamentos existentes. Israel rejeitou a opinião, defendendo que um acordo político só pode ser alcançado por meio de negociações.
O parecer histórico da CIJ foi saudado pelo gabinete do presidente palestino Mahmoud Abbas. No entanto, o Departamento de Estado desencorajou fortemente o uso desse parecer como pretexto para ações unilaterais que aprofundem as divisões ou impeçam uma solução negociada de dois Estados.
O caso da CIJ teve origem em uma solicitação de 2022 da Assembleia Geral das Nações Unidas e precede a guerra de Israel em Gaza, desencadeada após os ataques de 7 de outubro. A guerra resultou em quase 39.000 mortes, causou uma crise humanitária em Gaza, deslocando quase toda a população de 2,3 milhões de pessoas, e gerou alegações de genocídio negadas por Israel.
O parecer da CIJ reforça a obrigação do Conselho de Segurança da ONU, da Assembleia Geral e de todos os Estados de não reconhecerem a ocupação como legal e de não prestar assistência para manter a presença de Israel nos territórios em questão. A busca por uma resolução pacífica do conflito continua sendo um desafio complexo e crucial para a comunidade internacional.
Fonte: @ Agencia Brasil
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