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Benefícios do medicamento podem ser maiores em pessoas com estilo de vida pouco saudável; mais pesquisas são necessárias. Consultas com oncologista e estilos de vida não saudáveis são termos importantes.
O consumo frequente de aspirina pode diminuir as visitas ao oncologista, principalmente em relação ao câncer colorretal, conforme uma nova pesquisa. Indivíduos com hábitos de vida pouco saudáveis aparentam ser os mais beneficiados. O câncer colorretal é o segundo tipo mais comum de morte por câncer em escala global, com projeção de provocar mais de 52.500 óbitos somente nos Estados Unidos em 2023.
Além disso, o estudo também revelou que a aspirina pode ter um impacto positivo na prevenção do câncer de colon. A descoberta sugere que a incorporação desse medicamento na rotina diária pode ser uma estratégia eficaz para reduzir o risco de desenvolver câncer colorretal. A prevenção e o tratamento precoce dessas doenças são fundamentais para a saúde e bem-estar da população.
Câncer Colorretal: Prevalência e Fatores de Risco
Cerca de 153.020 pessoas nos EUA foram diagnosticadas com a condição em 2023, e ele se tornou muito mais prevalente entre pessoas com menos de 55 anos, com os números mais que dobrando nesse grupo em relação a uma década atrás, mostram estudos. Geração X e Millennials têm risco maior para 17 tipos de câncer, diz estudo. Exame pode prever câncer e outras 66 doenças 10 anos antes do diagnóstico. Endometriose aumenta risco de câncer de ovário em quatro vezes, diz estudo. As causas do câncer colorretal podem ser genéticas, mas certos fatores de estilo de vida também parecem aumentar o risco, incluindo uma dieta não saudável, falta de exercícios, consumo de álcool, tabagismo e alto índice de massa corporal (IMC).
Consultas com Oncologista e Estilos de Vida
Além de adotar estilos de vida mais saudáveis, os médicos frequentemente recomendam aspirina em baixa dose para reduzir o risco de câncer de cólon. A Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA fez essa recomendação em 2016, mas mudou de ideia em 2022 por causa das preocupações de que ela poderia causar sangramentos. A aspirina também pode causar problemas gastrointestinais. Com a mudança nas recomendações, os autores do novo estudo decidiram investigar se havia grupos que poderiam se beneficiar mais com a prática e para os quais a aspirina valeria o risco.
Conjuntos de Dados Preventivos e Grandees
Para o estudo, publicado na quinta-feira (1º) no jornal JAMA Oncology, os autores examinaram dados de mais de 107.655 pessoas que faziam parte de grandes conjuntos de dados de profissionais de saúde chamados Nurses’ Health Study e Health Professionals Follow-Up Study. A maioria dos participantes era branca, por isso os autores sugerem que sua pesquisa seja replicada com populações mais diversas para verificar se a conclusão seria a mesma. Os participantes do estudo foram acompanhados por pelo menos uma década e, além de serem monitorados quanto ao câncer colorretal, responderam a questionários para determinar a saúde de seus estilos de vida. Os questionários avaliaram seu IMC, consumo de álcool e dieta, se fumavam e quanto se exercitavam. O uso de duas ou mais aspirinas de dose regular ou seis ou mais aspirinas de baixa dose por semana foi considerado uso regular de aspirina para fins desta pesquisa. Esses usuários regulares apresentaram um risco 18% menor de desenvolver câncer colorretal em comparação aos não usuários. Os participantes que foram considerados com um estilo de vida menos saudável tiveram mais benefício, especialmente se fumavam ou se o IMC era superior a 25. Um IMC de 25 a 29,9 é considerado sobrepeso.
Estilo de Vida Mais Saudáveis e Câncer de Colon
‘Nossos resultados mostram que a aspirina pode reduzir proporcionalmente o risco marcadamente elevado naqueles com múltiplos fatores de risco para câncer colorretal’, diz Daniel Sikavi, autor principal do estudo e gastroenterologista do Mass General Brigham, em um e-mail. ‘Em contraste, aqueles com um estilo de vida mais saudável têm um risco basal mais baixo de câncer colorretal e, portanto, o benefício da aspirina ainda é evidente, embora menos pronunciado.’ O estudo não pode.
Fonte: © CNN Brasil
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