Aritmias cardíacas afetam gestação e mulher, aumentando riscos de doenças cardiovasculares.
A gestação é um período de transformações significativas no organismo feminino, e o coração não fica imune a essas mudanças. As arritmias são uma das possíveis alterações que podem ocorrer durante a gestação, afetando o ritmo cardíaco de maneira significativa. É importante entender que as arritmias podem surgir em qualquer fase da vida, mas são mais comuns em momentos de grande mudança hormonal, como a gestação e a menopausa.
Além das arritmias, as mulheres grávidas também podem estar mais propensas a desenvolver distúrbios cardíacos e doenças do coração devido às alterações hormonais e ao aumento da demanda cardíaca durante a gestação. É fundamental que as gestantes estejam cientes desses riscos e busquem orientação médica regular para monitorar sua saúde cardíaca. A prevenção é fundamental e pode incluir mudanças no estilo de vida, como uma dieta saudável e exercícios regulares. O acompanhamento médico também é essencial para detectar qualquer anormalidade cardíaca, incluindo arritmias, e tomar as medidas necessárias para garantir a saúde da mãe e do bebê. A saúde cardíaca é primordial durante a gestação, e é importante não subestimar os sintomas de arritmias ou outros distúrbios cardíacos.
Entendendo as Arritmias
As arritmias são alterações na frequência ou na condução dos impulsos elétricos do coração, podendo causar batimentos acelerados, lentos ou irregulares. Elas podem ser benignas e não exigir tratamento, como as extrassístoles supraventriculares e ventriculares isoladas, ou podem representar um risco significativo, como nos casos de taquiarritmias atriais e ventriculares sustentadas, doença do nó sinusal e bloqueios atrioventriculares avançados, que precisam de acompanhamento e tratamento adequado. A maioria das gestações ocorre sem complicações, mas é importante saber que cerca de 1 a 4% das gestantes podem apresentar doenças cardíacas, muitas vezes sem diagnóstico prévio, explica a Dra. Maria Alayde Rivera, cardiologista e coordenadora da Área da Mulher da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas (SOBRAC). As arritmias podem ser desencadeadas ou agravadas durante a gestação, especialmente em mulheres com predisposição, devido ao aumento do volume sanguíneo e às alterações hormonais, o que pode levar a distúrbios cardíacos e doenças do coração.
A Importância do Diagnóstico
Durante a gestação, todas as arritmias podem ser diagnosticadas, mas nem todas exigem tratamento específico. No entanto, algumas podem aumentar os riscos para a mãe e o bebê e precisam ser monitoradas de perto, alerta Dra. Maria Alayde Rivera. As arritmias podem ser mais graves em gestantes com doenças cardíacas estruturais ou elétricas, e demandam cuidados específicos. Além disso, a redução dos níveis de estrogênio durante a menopausa pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, incluindo arritmias, o que pode levar a doenças cardíacas e distúrbios cardíacos. A perda do estrogênio favorece o acúmulo de gordura abdominal, eleva a pressão arterial e os níveis de glicose e colesterol, o que contribui para o desenvolvimento da aterosclerose e de doenças como infarto e morte cardíaca súbita, esta última geralmente desencadeada por arritmias cardíacas.
Prevenção e Tratamento
Se a gestante sentir palpitações frequentes, tonturas, desmaios ou falta de ar, deve procurar um cardiologista para uma avaliação. O acompanhamento médico adequado é essencial para garantir a saúde da mãe e do bebê, além de prevenir complicações. Já na menopausa, mulheres têm maior probabilidade de desenvolver Fibrilação Atrial, uma arritmia associada a fatores como hipertensão arterial e obesidade, que pode levar a doenças do coração e distúrbios cardíacos. Essa condição está relacionada ao aumento do risco de AVC e, por isso, precisa ser investigada e tratada, principalmente após a menopausa, reforça a especialista. A gestação mulher e as doenças cardíacas estão relacionadas às arritmias, e é importante entender como as alterações hormonais e o aumento do volume sanguíneo podem afetar a saúde cardiovascular durante a gestação e na menopausa, levando a doenças cardiovasculares e arritmias cardíacas.
Fonte: @ Terra
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