CMN igualou prazos mínimos para vencimentos de títulos isentos como LCIs e Letras de Crédito, seguindo novas regras do mercado de crédito imobiliário.
O representante da Regulação do Banco Central (BC), Otávio Damaso, afirmou que a diminuição do prazo de vencimento das LCIs de 12 para nove meses será benéfica para a captação de recursos por meio desse investimento.
As Letras de Crédito Imobiliário são títulos incentivados que se destacam como uma importante fonte de recursos para o setor imobiliário, contribuindo para o desenvolvimento do mercado financeiro. vencimento
Novas Regras para as LCIs e LCAs
De acordo com Damaso, a recente decisão do Conselho Monetário Nacional (CMN) teve um impacto positivo no mercado de Letras de Crédito Imobiliário (LCIs), corrigindo uma discrepância que vinha afetando esses títulos. A assimetria entre o prazo das LCIs e o das Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), estabelecida no início do ano com a implementação de novas regras para diversos títulos incentivados, foi abordada durante um evento organizado pelo Secovi-SP.
Durante o evento, Damaso destacou que tem acompanhado atentamente as opiniões do mercado em relação ao prazo das LCIs, ressaltando a importância de manter o prazo de nove meses. Enquanto isso, o presidente da Abecip, Sandro Gamba, expressou sua visão de que a mudança promovida pelo CMN é positiva, porém insuficiente. Ele enfatizou que o prazo de nove meses ainda exclui muitos investidores do mercado.
Gamba enfatizou que as LCIs têm desempenhado um papel crucial na compensação da redução da participação da poupança como fonte de recursos para o financiamento imobiliário. Ele ressaltou a importância de restabelecer o prazo de três meses, anterior a fevereiro, para equilibrar a diversificação das fontes de financiamento.
Além das LCIs, Gamba mencionou a contribuição de outros instrumentos, como os Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) e os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI), para a transição das fontes de financiamento. Ele destacou a necessidade de explorar outras formas de captação de recursos no setor imobiliário.
Damaso e Gamba concordaram que o mercado de crédito imobiliário está evoluindo para um cenário em que o Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) não será capaz de atender todas as demandas. Os bancos devem priorizar o SBPE para o financiamento de pessoa física, enquanto as empresas buscam alternativas como CRIs e FIIs.
Ambos os especialistas enfatizaram a importância contínua do financiamento imobiliário nas discussões do Banco Central, mesmo com a chegada de um novo presidente. Damaso afirmou que o setor imobiliário tem um potencial significativo de expansão no sistema financeiro, o que o torna uma prioridade para o país. Este conteúdo foi originalmente publicado pelo Valor PRO, serviço de tempo real do Valor Econômico.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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