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SUS oferece ações importantes de prevenção, diagnóstico e tratamento de diversas formas de doenças, incluindo hepatite D. Confira o Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais.
Neste domingo, 28 de julho, comemora-se o Dia Mundial de Combate às Hepatites-Virais, momento crucial para conscientizar a população sobre a importância de medidas preventivas contra essas doenças que afetam o fígado, responsável por funções vitais no corpo humano.
É fundamental destacar a gravidade das hepatites-virais e suas consequências, como inflamações-hepáticas e danos irreversíveis ao fígado, causados por diferentes tipos de vírus. A doença-de-fígado é uma questão de saúde pública que requer atenção e cuidados constantes para evitar sua propagação e impacto na sociedade.
Hepatites-Virais: Importantes Dados Epidemiológicos e Ações de Prevenção
No Brasil, o Sistema Único de Saúde (SUS) desempenha um papel fundamental na disponibilização gratuita de vacinas para as hepatites A e B, bem como no tratamento das diversas formas da doença (A, B, C, D e E). As hepatites virais, causadas principalmente pelos vírus A, B e C, são uma preocupação de saúde pública no país. Além disso, o vírus da hepatite D é mais prevalente na Região Norte, enquanto o vírus da hepatite E é mais comum na África e na Ásia, sendo menos frequente no Brasil.
Os dados do Boletim Epidemiológico de Hepatites Virais do Ministério da Saúde revelam que, entre 2020 e 2023, foram notificados 785.571 casos confirmados de hepatites virais no Brasil. Destes casos, 171.255 (21,8%) referem-se à hepatite A, 289.029 (36,8%) à hepatite B, 318.916 (40,6%) à hepatite C, 4.525 (0,6%) à hepatite D e 1.846 (0,2%) à hepatite E. A Região Nordeste apresenta a maior proporção de infecções pelo vírus A (29,7%), enquanto as regiões Sudeste e Sul concentram as maiores proporções dos vírus B e C, respectivamente.
A hepatite D é mais prevalente na Região Norte, representando 72,5% do total de casos dessa variante. É essencial destacar que as hepatites virais são doenças que muitas vezes passam despercebidas devido à falta de sintomas evidentes. Os sintomas podem incluir cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, icterícia, urina escura e fezes claras.
A médica infectologista Sílvia Fonseca ressalta a importância da detecção precoce dessas doenças, pois, em alguns casos, a infecção pode evoluir para uma forma crônica, levando a complicações graves, como cirrose e até câncer de fígado. O fígado desempenha um papel vital em nosso organismo, sendo essencial para diversas funções metabólicas.
A prevenção é fundamental no combate às hepatites virais, e a vacinação é uma das principais estratégias para controlar a disseminação dessas doenças. No SUS, a vacina contra a hepatite A é administrada em crianças até 4 anos, 11 meses e 29 dias, além de indivíduos com HIV ou hepatite B ou C. Já a vacina contra a hepatite B está disponível para todas as faixas etárias não vacinadas.
A vacinação é uma medida eficaz para proteger a população contra os vírus das hepatites e deve fazer parte do calendário de imunização desde os primeiros dias de vida. A detecção precoce, o tratamento adequado e a conscientização sobre as formas de prevenção são essenciais para reduzir a incidência dessas doenças e melhorar a saúde hepática da população.
Fonte: @ Agencia Brasil
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