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Estudantes e secretários de educação falam sobre desafios na oferta do ensino médio noturno, em novos moldes da etapa de ensino.
Um dos principais desafios da implementação de alterações no modelo do ensino médio é a disponibilidade da etapa de ensino no período noturno. As novas diretrizes estabelecem que cada cidade deve contar com ao menos uma escola da rede pública que disponibilize ensino médio regular à noite, desde que haja interesse por parte dos alunos.
A inclusão do ensino médio no turno noturno visa atender às necessidades de estudantes que trabalham durante o dia, possibilitando que completem essa importante etapa escolar. Além disso, a flexibilidade de horários proporciona uma maior inclusão de jovens que buscam concluir o ensino secundário.
Desafios e Mudanças no Ensino Médio Noturno
O texto ressalta a importância de garantir a igualdade de condições no acesso, permanência e conclusão do ensino médio para todos os estudantes, viabilizando as condições necessárias para a aplicação prática desta etapa de ensino no período noturno. A responsabilidade pela oferta do ensino médio nos respectivos territórios será dos Estados, que regularão os detalhes.
Secretários de educação e estudantes já demonstram preocupação com o tema. As principais mudanças e desafios levantados por eles em relação ao ensino médio noturno são significativos. A carga horária do ensino noturno deve ser a mesma dos outros turnos, totalizando 3.000 horas ao longo de três anos, com 200 dias letivos por ano e cinco dias por semana.
A União Brasileira dos Estudantes Secundaristas destaca que a decisão de aumentar a carga horária do turno pode impactar negativamente os alunos que trabalham durante o dia, considerando o ensino noturno como a principal oportunidade de estudo para eles. Hugo Silva, presidente da entidade, alerta para a possível redução do interesse e da permanência desses estudantes na escola.
Os secretários de educação dos estados e do Distrito Federal veem a mudança como uma política de expansão do ensino médio noturno, porém enfrentam obstáculos na operacionalização das aulas nesse turno. Vitor de Angelo, presidente do Consed, destaca o impasse para encaixar as horas necessárias no tempo disponível, uma vez que as aulas noturnas teriam que começar mais cedo para cumprir a carga horária.
Uma grande mudança é que a oferta do ensino médio noturno não será automática, devendo ocorrer apenas quando houver demanda manifesta e comprovada para matrícula. A UBES considera que essa determinação pode reduzir drasticamente a oferta do ensino noturno em diversas regiões, transferindo a responsabilidade para os estudantes. O Consed aponta a regulação da oferta como um desafio, especialmente no que diz respeito à definição de demanda e à possível distorção entre os municípios.
Essas questões evidenciam a complexidade da implementação de mudanças no ensino médio noturno, exigindo uma análise cuidadosa das condições necessárias e das oportunidades de estudo para os alunos nessa etapa escolar.
Fonte: © G1 – Globo Mundo
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