ouça este conteúdo
Novas mudanças no projeto de lei visam melhorar itinerários formativos com carga horária de educação profissional, devido à matrícula muito baixa.
No último sábado (23), a proposta de lei que modifica o Ensino Médio foi aprovada por unanimidade na Câmara dos Deputados.
A implementação do Novo Ensino Médio é um passo importante para a melhoria da educação no Brasil. A reforma do Ensino Médio visa proporcionar uma formação mais completa e adaptada às necessidades atuais dos estudantes, conforme previsto no projeto de lei do Ensino Médio.
Reforma do Ensino Médio: Novas Mudanças e Desafios
O texto retorna à Câmara dos Deputados para uma nova análise, após ter sido modificado pelos senadores. Em uma entrevista à CNN, nesta quinta-feira (20), a presidente-executiva do Todos Pela Educação, Priscila Cruz, abordou as alterações trazidas por este novo projeto e a importância de reavaliar o formato do Ensino Médio, após a mudança aprovada em 2017.
A reforma aprovada há aproximadamente sete anos, durante o governo do presidente Michel Temer, propunha que os estudantes optassem por itinerários formativos. Existem cinco opções disponíveis, que podem ser alinhadas com as áreas de interesse dos alunos: Linguagens e suas tecnologias, Matemática e suas tecnologias, Ciências da natureza e suas tecnologias, Ciências humanas e sociais aplicadas, e Formação técnica e profissional.
Um dos principais problemas identificados na lei de 2017 era a limitação para a formação geral básica, o que restringia a oferta de horas de ensino. Priscila explica que, apesar do aumento da carga horária no Ensino Médio, as escolas não podiam disponibilizar mais do que 1.800 horas ao longo dos três anos para a formação geral básica, reservando o restante para os itinerários.
O Senado aprovou o projeto do Novo Ensino Médio, que agora retorna à Câmara para revisão. As novas alterações discutidas visam aprimorar o modelo iniciado em 2017, com o objetivo de garantir que os alunos obtenham um aprendizado efetivo no Ensino Médio e reduzam a evasão escolar. Uma das ênfases do projeto é o aumento da educação profissional, considerando que a matrícula nessa área ainda é muito baixa no Brasil.
Priscila Cruz destaca que o modelo anterior apresentou falhas que precisam ser corrigidas. Segundo ela, a implementação em 2017 enfrentou diversos problemas, com pouco tempo destinado à formação geral básica, resultando em desigualdades significativas entre as escolas. A especialista ressalta a importância de os políticos analisarem o novo texto com urgência, pois muitas secretarias de Educação já estão planejando o próximo ano letivo.
A incerteza em relação às mudanças no Ensino Médio gera impactos negativos na educação, causando atrasos no desenvolvimento dos estudantes. É fundamental que haja um avanço na implementação das medidas propostas, a fim de garantir uma educação de qualidade para a atual geração de alunos.
Fonte: © CNN Brasil
Comentários sobre este artigo