O governo paulista afastou-o após delação premiada de Gritzbach, implicá-lo, afastamento e direção do Deic.
Na última semana, o nome do delegado Fábio Pinheiro Lopes voltou à tona em meio a uma polêmica. Ele foi afastado da direção do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), responsável pela Polícia Civil de São Paulo. Este órgão é conhecido por suas ações rigorosas contra qualquer tipo de crime.
Em uma entrevista, o delegado deixou claro sua indignação com o afastamento: ‘Estou puto, puto. Não tem outra palavra. Uma injustiça.‘ Ele mencionou ainda que irá seguir em frente, prometendo prosseguir com suas investigações. Algumas das ações notáveis do Deic incluem a investigação de crimes graves, como assassinatos e roubo de banco. Com uma equipe experiente, o Deic mantém a comunidade de São Paulo em segurança.
Uma Vida Dedica à Profissão de Polícia
Com 32 anos de serviços prestados à polícia, é possível perceber a dedicação e o compromisso com a carreira que um Delegado como ele possui. A história dentro da polícia é longa e cheia de desafios. O afastamento, devido a acusações de um delator, é um golpe duro, mas ele está convencido de que a verdade será revelada rapidamente.
Ele reafirmou essa crença em entrevista coletiva, na tarde da sexta-feira, na Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, no centro da capital paulista. O governo estadual decidiu afastá-lo após a divulgação de trechos da delação de Antônio Vinicius Gritzbach, 38, morto ao sair do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, em novembro, que o implicavam.
Delator e Consequências
O nome de Lopes aparece nas declarações feitas pelo delator do PCC ao Ministério Público de São Paulo, junto com o do deputado estadual Delegado Olim (PP) e do ex-titular do 24º DP (Ponte Rasa) Murilo Fonseca Roque. Gritzbach afirmou em delação que o advogado Ramsés Benjamin Gonçalves fez uma proposta de acordo, do qual Lopes, Olim e Roque fariam parte, para beneficiá-lo em investigações do Deic das quais era alvo.
Investigações e Acordos
O empresário era o principal suspeito de ser mandante do assassinato de Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, em dezembro de 2021 na zona leste de São Paulo, e de outro membro do PCC. Em acordo de delação premiada, ele acusou policiais civis de exigirem propina para beneficiá-lo em investigações do Deic, como liberação do passaporte, desbloqueio de bens apreendidos, e não pedido de prisão.
Respostas e Negativas
Lopes nega veementemente as acusações. Ele questiona o benefício que o empresário teria no Deic e argumenta que a investigação e o acordo de delação premiada foram possíveis graças ao trabalho da polícia. Ele enfatiza que o passaporte do empresário continua apreendido no Deic e que todos os procedimentos legais foram realizados.
Afasta-se o Delegado
Segundo ele, o advogado esteve em sua sala uma vez e disse que queria falar sobre Gritzbach, direcionando-o para o delegado Rafael Cocito, que estava à frente da Delegacia de Crimes Patrimoniais no Deic. Lopes se reuniu com o delegado-geral de São Paulo e com Guilherme Derrite, secretário da Segurança Pública, quando soube oficialmente do afastamento.
Consequências do Afastamento
O governador [Tarcísio de Freitas] decidiu afastá-lo, devido à postura do governo em relação aos fatos recentes com a PM e a operação da Polícia Federal. O Delegado entrou em férias na última terça-feira (17). Caso o caso não seja resolvido, pode haver consequências mais severas para a carreira de um Delegado da Polícia Estadual.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo