A desaceleração econômica é um consenso entre analistas, com foco em política inflacionária e mercado de trabalho em desaceleração.
O aumento nos juros pode ter um impacto significativo nas contas de interesses dos brasileiros, especialmente aqueles com dívidas bancárias e cartões de crédito.
Nesse contexto, é importante considerar que o aumento dos juros também pode afetar a inflação, uma vez que os custos de produção aumentam para os empresários. Além disso, o aumento dos juros pode levar a uma redução no consumo, pois os brasileiros podem se sentir menos motivados a gastar. Isso pode ter um impacto negativo no crescimento econômico, o que pode resultar em um déficit fiscal, com o governo sofrendo para cobrir os seus compromissos.
Expectativas em alta
Em um cenário marcado por uma desaceleração do ritmo de corte de juros, a ferramenta FedWatch, do grupo CME, revelou que 98,7% dos analistas apostavam em uma diminuição de 0,25 ponto percentual. Esse resultado sugere uma mudança significativa em relação à reunião anterior, quando o Fed iniciou o ciclo de corte das taxas com uma redução de 0,50 ponto percentual.
Dados econômicos
A inflação caminha para a meta de 2% ao ano do Fed, mas seu núcleo, que exclui itens mais voláteis, se mantém persistentemente alto. Além disso, dados recentes mostram um mercado de trabalho em desaceleração, embora sem uma deterioração significativa.
Política econômica
A eleição do republicano Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos pode aumentar a cautela do Fed, pois sua política é vista como potencialmente inflacionária para a economia americana. O corte de impostos e a guerra tarifária com a China podem interromper o ciclo de corte de juros mais cedo do que se previa.
Projeções
O banco suíço Julius Bäer projeta que o Fed proceda com cautela após a reunião de hoje, pulando a próxima reunião em dezembro e prosseguindo com mais dois cortes nas taxas em janeiro e fevereiro de 2025. A taxa terminará 2025, na visão do banco, no intervalo entre 4% a 4,25%.
Comunicado do Fomc
No comunicado divulgado em conjunto com o anúncio de corte das taxas, o Fomc aponta que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica continuou a se expandir em um ritmo sólido. A inflação progrediu em direção ao objetivo de 2% do Comitê, mas continua um tanto elevada.
Equilíbrio de riscos
O Comitê julga que os riscos para atingir suas metas de emprego e inflação estão aproximadamente em equilíbrio. No entanto, como a perspectiva econômica é incerta, o Fomc aponta continuar atento aos riscos para ambos os lados de seu mandato de pleno emprego e inflação dentro da meta.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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