Executivos de Invest.Rio, Porto Maravalley e outras empresas participaram de evento sobre inovação no Rio, buscando oportunidades para tecnologia e ambiente, tornando o Brasil menos burocrático para pessoas muito qualificadas do espaço marginalizado.
A construção de uma cidade é um desafio que afeta todos, desde o movimento de pedestres até os sistemas de transporte público. Construir uma cidade é uma tarefa complexa, mas é possível criar um ambiente inovador e sustentável ao combinar tecnologia, inovação e cidades.
Por exemplo, em uma cidade inovadora como a Suécia, as autoridades públicas estão investindo em soluções inovadoras, como inteligência artificial, para melhorar a gestão do tráfego e reduzir a poluição. Isso inclui o desenvolvimento de sistemas de tráfego inteligentes que permitem otimizar o fluxo de veículos e pedestres em tempo real. Além disso, a cidade também está explorando a possibilidade de criar parques e áreas verdes urbanas para ajudar a mitigar os efeitos do aquecimento global e melhorar a qualidade do ar. Essas são apenas algumas das maneiras pelas quais uma cidade pode se tornar mais inovadora e sustentável.
Desenvolvimento de Cidades Inovadoras
O seminário Startup Labs foi realizado pela revista Pequenas Empresas & Grandes Negócios e O GLOBO, contando com a parceria da cidade do Rio de Janeiro como cidade anfitriã. A iniciativa teve como objetivo abordar o papel da cidade em seu desenvolvimento como uma entidade inovadora. A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida para abrigar o evento, que também contou com a parceria de Extra e Valor Econômico.
A Importância da Construção de Cidades Inovadoras
Alexandre Vermeulen, presidente da Invest.Rio, destacou que o trabalho de construção de uma cidade mais inovadora é de longo prazo e enfatizou o papel da Invest.Rio nesse sentido. ‘A cidade deve melhorar a vida da população como um todo. Estamos atraindo pessoas qualificadas, tecnologia e infraestrutura. Temos acordos assinados com empresas de fora do Brasil para mostrar que o Rio de Janeiro é uma opção para investir’, afirmou.
A Retenção de Talentos em Cidades Inovadoras
Cristiane Moura, gerente sênior de inovação e sustentabilidade da BIP Consulting, destacou que os novos entrantes do mercado de trabalho buscam mais do que uma carreira sólida e que as grandes empresas precisam mudar a mentalidade.’As pessoas querem trabalhar em um ambiente menos burocrático, onde têm liberdade para falar e cocriar. É preciso colocar essas pessoas no centro’, disse. A diretora também destacou a importância da retenção de talentos em cidades inovadoras.
A Conexão entre Pesquisadores e o Mercado
Francine Tavares, consultora de pesquisa e CEO da Dobra, comentou sobre como existe dificuldade na conexão entre pesquisadores e o mercado – e que essa seria uma oportunidade para driblar a falta de emprego dentro das universidades.’A gente forma pessoas muito qualificadas que não terão onde aplicar o conhecimento, encontrando oportunidades fora do Brasil. Quantas empresas nasceram dentro de universidades, como o iFood, e não sabemos?’, questionou.
A Inclusão da Periferia em Cidades Inovadoras
Leticia Gabriella, diretora de Projetos Especiais na Central Única das Favelas (Cufa), ressaltou que para que a cidade seja mais inovadora é preciso incluir a periferia – com 16 milhões de pessoas morando em favelas, esses espaços marginalizados movimentam mais de R$ 200 bilhões em recursos próprios. ‘É um desafio histórico da sociedade, temos o papel de trazer a favela como protagonista e não mais coadjuvante. As marcas e empresas já veem o potencial, mas é preciso fazer o investimento’, declarou.
A Inovação nas Favelas
A diretora de projetos destacou que a favela também é inovadora, trazendo como exemplo o mototáxi. ‘Quando movimentamos a base da pirâmide, todo o restante também se fortalece. Precisamos criar oportunidades para que as pessoas marginalizadas possam se desenvolver e contribuir para a sociedade’, opinou.
A Importância da Parceria
Daniel Barros, CEO do Porto Maravalley, afirmou que o hub trabalha como facilitador na conexão entre os universitários e as empresas que integram o ambiente – são 35 companhias no momento, de grandes empresas como Eletrobras a startups de diferentes estágios. ‘Queremos que entendam que existe espaço, caminho e oportunidades. Devemos alavancar mais as coisas boas para que as empresas queiram estar aqui, ter um pacto maior entre todos os representantes da cidade para abraçar a nossa vocação de inovação’, opinou.
Fonte: @ PEGN
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