População da espécie diminuiu de 700 mil para 126 mil indivíduos nos EUA em cinco anos, preocupando a Comissão de Conservação da vida selvagem da Flórida, que atua em águas rasas e águas frias.
A concha-rainha, uma espécie marinha icônica, está enfrentando um grande desafio para sua sobrevivência. A Comissão de Conservação de Peixes e Vida Selvagem da Flórida (FWC) está trabalhando arduamente para proteger as conchas-rainhas da ameaça de extinção, promovendo ações de conservação e conscientização sobre a importância da preservação desses moluscos.
A perda de habitat e a sobrepesca são apenas alguns dos fatores que contribuem para a vulnerabilidade da concha-rainha. Além disso, a espécie é frequentemente confundida com o caramujo marinho, o que pode levar a uma caça excessiva e descontrolada. É fundamental que tomemos medidas para proteger essa espécie ameaçada, antes que seja tarde demais. A FWC está fazendo um grande esforço para educar o público sobre a importância da conservação da concha-rainha e promover práticas sustentáveis de pesca e coleta.
Conchas-rainha: O Projeto de Reprodução em Águas Profundas
A população de conchas-rainha, uma espécie ameaçada de caramujo marinho, sofreu um declínio significativo nos últimos anos. Em 2017, havia cerca de 700 mil indivíduos, enquanto em 2022, esse número caiu para apenas 126 mil. A principal causa desse declínio é o aumento das temperaturas do mar. Para combater essa tendência, pesquisadores estão trabalhando em um projeto inovador para estimular a reprodução desses animais em águas mais profundas e frias.
A temperatura da superfície de Florida Keys chegou a 38,43ºC no ano passado, o que é considerado um recorde global. Essas condições extremas afetam negativamente a reprodução das conchas-rainha, que são em grande parte letárgicas e inférteis em águas rasas e excessivamente quentes. Segundo o cientista Gabriel Delgado, da FWC, ‘estamos lidando com águas muito rasas, muito frias no inverno. Na primavera e no verão fica muito quente. Os animais desligam. Em vez de reprodução, eles desviam sua energia para a sobrevivência, e nunca desenvolvem seus órgãos reprodutivos muito bem’.
Um Novo Ambiente para as Conchas-rainha
Para resolver esse problema, os pesquisadores estão removendo as conchas-rainha de seu habitat costeiro natural e realocando-as para águas mais profundas e frias, onde há uma infinidade de novos parceiros. A ideia é que, em um ambiente mais adequado, as conchas-rainha se misturem e acasalem, aumentando a chance de reprodução. ‘As conchas costeiras estão destinadas a uma vida de celibato, e estamos tentando consertar isso’, explica Delgado.
O projeto já realizou a realocação de mais de 200 espécies marcadas no verão, próximo da costa da Ilha de Marathon, uma cidade no meio do arquipélago de Florida Keys. A equipe também está trabalhando em parceria com a comunidade local para encontrar as conchas-rainha e reunir informações sobre o projeto.
Um Esforço Coletivo para a Conservação
A caça ilegal e os furacões Irma e Ian, em 2017 e 2022, respectivamente, são alguns dos fatores que colocaram as conchas-rainha na lista do Governo dos EUA como espécie ameaçada. A caça de conchas-rainha é proibida desde a década de 1970, mas o animal ainda é uma iguaria muito popular. Para combater essa tendência, é necessário um esforço coletivo para a conservação desses animais.
O projeto de reprodução em águas profundas é um exemplo de como a ciência e a comunidade podem trabalhar juntas para proteger a vida selvagem da Flórida. Com a ajuda de todos, é possível aumentar a chance de sobrevivência das conchas-rainha e garantir a continuidade da espécie.
Fonte: @ Terra
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