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A Intel desistiu de comprar a OpenAI entre 2017 e 2018, alegando que modelos como o ChatGPT não justificariam o investimento. Com isso, foi ultrapassada por rivais como a Nvidia.
A Inteligência Artificial está cada vez mais presente em nossas vidas, transformando a maneira como interagimos com a tecnologia. A Intel, empresa conhecida por seus chips, poderia ter se destacado ainda mais se tivesse investido na aquisição de uma empresa de IA no passado. Ao invés disso, a companhia optou por demitir mais de 15 mil funcionários, perdendo terreno na corrida pela inovação.
A decisão da Intel de não adquirir a empresa responsável pelo ChatGPT pode ter sido um erro estratégico que a deixou para trás em relação às tendências de IA. O mercado de Inteligência Artificial está em constante evolução, e as empresas que não acompanham esse ritmo podem enfrentar desafios significativos no futuro. É crucial para as empresas líderes como a Intel estarem atentas às oportunidades de investimento em tecnologias emergentes, como a IA, para garantir sua relevância no mercado.
Investimento da Intel na OpenAI e a Era da Inteligência Artificial Generativa
Há cerca de sete anos, a empresa teve a oportunidade de adquirir uma participação na OpenAI, que, naquele momento, era apenas uma organização de pesquisa sem fins lucrativos que trabalhava em um campo até então pouco conhecido: inteligência artificial generativa. O termo ficou mais conhecido depois que a própria OpenAI lançou no final de 2022 o ChatGPT, serviço capaz de ‘conversar’ com os usuários. Nos meses seguintes, outras empresas anunciaram suas próprias ferramentas de IA generativa.
Relatos à Reuters de quatro pessoas com conhecimento da negociação de Intel e OpenAI indicam que, durante vários meses de 2017 e 2018, executivos das duas organizações discutiram várias opções para a transação. Uma das possibilidades analisadas foi a compra pela Intel de uma participação de 15% na OpenAI por US$ 1 bilhão em dinheiro, afirmaram três das pessoas. Duas fontes afirmaram que a gigante dos chips avaliou comprar 15% adicionais se fabricasse componentes para a startup a preço de custo. Na época, a Intel decidiu não concretizar o negócio, em parte porque o então presidente-executivo, Bob Swan, não acreditava que os modelos de IA generativa chegariam ao mercado em um futuro próximo.
O executivo acreditava que os modelos de IA não pagariam o investimento da Intel, de acordo com três das fontes, que pediram anonimato para discutir assuntos confidenciais. A OpenAI estava interessada em um investimento da Intel porque isso teria reduzido sua dependência dos chips da Nvidia e permitido que a startup construísse sua própria infraestrutura, disseram duas das pessoas. O acordo também não foi concretizado porque a unidade de data center da Intel não queria fabricar produtos a preço de custo, acrescentaram as pessoas. Um porta-voz da Intel não respondeu às perguntas sobre o possível acordo. Swan não respondeu a um pedido de comentário, e a OpenAI se recusou a comentar.
Dos games à IA: como a Nvidia superou ‘big techs’ em valor de mercado
O que mudou para a Intel? A decisão da Intel de não investir na OpenAI, hoje avaliada em cerca de US$ 80 bilhões, não tinha sido divulgada anteriormente e é vista como um dos vários infortúnios estratégicos que fizeram a empresa, antes na vanguarda dos chips de computador, tropeçar na era da IA. No início de agosto, a Intel informou que teve um prejuízo de US$ 1,6 bilhão e queda de 1% na receita, o que causou queda acentuada no valor das ações da companhia, que teve seu pior dia de negociação desde 1974. A empresa disse que a demissão de 15 mil funcionários (15% de sua força de trabalho) faz parte do plano de cortar despesas em US$ 10 bilhões até 2025. ‘Nossas receitas não cresceram como esperado e ainda precisamos nos beneficiar totalmente de tendências poderosas como a inteligência artificial. Nossos custos são muito altos, nossas margens são muito baixas’, disse o presidente-executivo da Intel, Pat Gelsinger, em comunicado. Pela primeira vez em 30 anos, a Intel vale menos de US$ 100 bilhões.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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