Empresário Rodrigo Reis, conhecido como Coach do bitcoin, foi preso por suspeita de criar esquema com corretoras de criptomoedas e estrutura empresarial irregular.
O empresário e coach Rodrigo Reis, conhecido como ‘Coach do bitcoin’, foi preso por suspeita de ter criado um esquema fraudulento com criptomoedas.
Reis, o ‘Coach do bitcoin’, foi preso pela PF. Ele é CEO da RR Consultoria em Investimentos, empresa que teria aplicado golpe em cerca de dez mil pessoas.
A prisão foi realizada pela Polícia Federal (PF), que investiga o caso sob o rótulo de ‘fraude’. A investigação determinou que a RR Consultoria em Investimentos possuía um esquema-fraudulento com golpista, utilizando o relacionamento com o ‘Coach do bitcoin’ para atrair investidores. A RR Consultoria em Investimentos aplicou golpe em uma grande quantidade de pessoas, com base nas promessas de retornos tão altos e tão rápidos e sua fraude foi comprovada.
Escândalo de Investimentos de Alto Risco
O golpe envolveu R$ 260 milhões, de acordo com a investigação. O golpista prometeu retornos de até 9% ao mês, atraindo investidores inocentes. No entanto, o golpista usou a estrutura empresarial para esquemas-fraudulentos, capturando dinheiro de investidores com a promessa de empréstimos com promessa de rentabilidade. Os valores remetidos para o exterior por meio de corretoras de criptomoedas, sem o conhecimento das vítimas.
Atuação Irregular em Consultorias
Em 2023, a RR Consultoria entrou com pedido de recuperação judicial, mas o juiz rejeitou a solicitação, afirmando que houve atuação irregular da empresa. As atividades desenvolvidas pela RR Consultoria geraram sérias dúvidas sobre a obediência aos regulamentos próprios. O juiz também citou a oferta de criptoativos ao argumento de empréstimo com promessa de rentabilidade, sem fiscalização dos órgãos próprios. A decisão foi baseada em parecer da advogada Lívia Gavioli Machado e do advogado Rafael Steinfeld, que avaliaram que a empresa não demonstrou viabilidade para recuperação judicial.
Conclusão da Investigação
A investigação descobriu que a RR Consultoria não era registrada na Comissão de Valores Mobiliários e não havia comprovação das formalidades exigidas pela CVM para as operações apontadas pelo sócio. Além disso, foram encontradas 11 outras empresas, nove delas abertas em 2023 a partir de pró-labore e dividendos obtidos pela RR Consultoria. A conclusão foi que não havia função social a ser preservada, diante da paralisação da atividade e da falta de comprovação das formalidades exigidas.
Fonte: © Conjur
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