ouça este conteúdo
Indigenistas alertam sobre risco iminente de incêndio criminoso em áreas de retomada ilegal.
Os ataques entre produtores rurais e grupos indígenas persistem no Mato Grosso do Sul e Paraná. A tensão decorrente dos ataques tem gerado preocupações nas comunidades locais e autoridades.
Além dos conflitos mencionados, as hostilidades têm se intensificado, resultando em confrontos cada vez mais frequentes. A necessidade de diálogo e respeito mútuo é fundamental para a resolução pacífica dessas questões complexas.
Ataques e Conflitos em Territórios Indígenas
De acordo com recente relatório divulgado pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi) neste fim de semana, a situação dos indígenas guarani kaiowá em áreas de retomada no Mato Grosso do Sul é alarmante. Com base em informações da Comissão Guarani Yvyrupa, os relatos apontam para um cenário de hostilidades iminentes, incluindo o risco de despejo ilegal e incêndios criminosos contra o tekoha Tata Rendy, dos ava guarani, no oeste do Paraná.
No sábado, foram registrados ataques a indígenas no Rio Grande do Sul, ampliando a preocupação com a segurança das comunidades. No Mato Grosso do Sul, as retomadas na região de Douradina, dentro da Terra Indígena Lagoa Rica Panambi, continuam sendo alvo de confrontos, com capangas armados cercando as áreas desde a manhã.
A presença de caminhonetes e homens armados em um perímetro ofensivo tem gerado tensão entre os guarani kaiowá, que contam com o apoio da Força Nacional de Segurança no local. Em Caarapó, duas áreas retomadas na Terra Indígena Dourados Amambai Peguá I foram cercadas e monitoradas por drones, evidenciando a gravidade da situação.
No oeste do Paraná, na tekoha Tata Rendy, dos ava guarani, os relatos de cerco e incêndios agravam a vulnerabilidade das comunidades indígenas. Os ataques em bloco em contextos semelhantes têm gerado preocupação entre indígenas e indigenistas, que clamam por medidas efetivas de proteção.
Além dos conflitos mencionados, o Cimi também documentou ataques ao povo kaingang da Retomada Fág Nor, em Pontão, Rio Grande do Sul. Os indígenas foram alvo de novas agressões, com homens encapuzados disparando contra eles e incendiando suas moradias. A escalada da violência tem sido constante, com ataques recorrentes desde a decisão das famílias de retornarem a áreas próximas de seus territórios tradicionais.
Os esforços do governo federal para mediar os conflitos fundiários têm sido intensificados, com equipes dos ministérios dos Povos Indígenas e dos Direitos Humanos e da Cidadania atuando para conter a violência. A presença da Força Nacional de Segurança foi autorizada para garantir a ordem e a integridade nas aldeias indígenas, mas críticas ao aparato estatal ainda persistem.
Apesar das tentativas de negociação e mediação, a falta de uma resposta efetiva por parte das autoridades públicas tem sido apontada como um obstáculo para a resolução dos conflitos. A atuação da Força Nacional tem sido questionada, especialmente diante da continuidade dos ataques e incêndios criminosos que assolam as comunidades indígenas.
Fonte: @ Agencia Brasil
Comentários sobre este artigo