Viajar para a praia com a família aumenta o risco de câncer de pele, exposição ao sol pode causar carcinoma basocelular e melanoma, alerta a Sociedade Brasileira de Dermatologia.
O verão está chegando, e com ele, a busca por um refresco no mar e no sol. Quando os dias mais quentes se aproximam, não há quem resista à ideia de um passeio aquático para se refrescar. Ainda assim, essa época é especial, pois pede uma atenção redobrada com a saúde, sobretudo quando se trata da exposição ao sol, responsável pelo câncer de pele. O câncer de pele é o mais comum no Brasil.
É preciso lembrar que a exposição prolongada ao sol sem a devida proteção pode levar a sérios problemas de saúde, entre eles, o câncer de pele. A prevenção é a melhor alternativa para reduzir o risco. Além da proteção solar, é importante manter a pele hidratada para minimizar os danos causados pela exposição ao sol.
Alarmes de saúde: Entenda os riscos associados à exposição ao sol
A exposição solar excessiva é um dos principais fatores de risco para o câncer de pele no Brasil. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer, o Brasil registra mais de 175 mil novos casos de câncer de pele anualmente, o que representa 1 em cada 4 diagnósticos de câncer. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza, anualmente, a campanha ‘Dezembro Laranja’ para conscientizar a população sobre os riscos da exposição excessiva ao sol e a importância de cuidados simples.
A exposição ao sol é responsável por uma variedade de problemas de saúde. Dentre os principais, estão as queimaduras solares, que podem causar dor, ardência, vermelhidão e descamação da pele. Além disso, a exposição solar excessiva também pode levar à desidratação, condição que tem como principais sintomas o cansaço e a tontura. A exposição ao sol também pode causar envelhecimento precoce, responsável pela flacidez da pele e o aparecimento de rugas.
A exposição ao sol também aumenta o risco de lesões nos olhos, condições oculares como catarata podem ser agravadas. Além disso, a exposição ao sol é um dos principais fatores de risco para o câncer de pele, doença que afeta milhões de pessoas no Brasil.
Câncer de pele: Entendendo os principais tipos
Existem três principais tipos de câncer de pele, com diferenças importantes em termos de frequência, agressividade e tratamento. São eles: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma.
O carcinoma basocelular (CBC) é o tipo menos agressivo de câncer de pele. Ele se desenvolve nas células basais da epiderme, responsáveis pela regeneração da pele. O carcinoma basocelular apresenta lesões brilhantes, avermelhadas, ou uma ferida que não cicatriza. Muitas vezes, tem bordas bem definidas, podendo formar crostas ou ulcerações.
O carcinoma espinocelular (CEC) surge nas células escamosas da epiderme, que formam a camada mais externa da pele. Suas lesões são avermelhadas e ásperas, que podem formar crosta ou deixar uma área elevada, que cresce com o tempo. As áreas afetadas, normalmente, são rosto, mãos, couro cabeludo (em pessoas calvas) e lábios. Sangramento e dor são sintomas comuns em estágios mais avançados.
O melanoma é o tipo mais grave de câncer de pele. Ele se desenvolve nos melanócitos, células que produzem a melanina. Geralmente, aparece como uma pinta ou mancha que muda de cor, forma ou tamanho. Pode ter bordas irregulares e várias tonalidades (marrom, preto, vermelho, branco). O melanoma é mais comum em áreas expostas ao sol, mas também pode surgir em regiões menos expostas, como plantas dos pés e unhas.
O câncer de pele não melanoma (carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular) é o mais frequente no Brasil, respondendo por 30% dos tumores malignos registrados. Segundo Simone Neri, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a fase em que o câncer é descoberto é crucial para o sucesso do tratamento.
A taxa de cura do melanoma é alta, mas a doença pode ser fatal se não for diagnosticada precocemente. Melanomas diagnosticados no início têm mais de 90% de taxa de cura, enquanto tumores com mais de 4 milímetros de espessura têm uma taxa de sobrevivência em cinco anos de 20%.
A conscientização sobre os riscos da exposição ao sol e a importância de cuidados simples pode salvar vidas. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) realiza, anualmente, a campanha ‘Dezembro Laranja’ para conscientizar a população sobre os riscos da exposição excessiva ao sol e a importância de cuidados simples.
Fonte: @ Minha Vida
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